quinta-feira, 29 de abril de 2010

Esu




É um Òrìsà difícil de ser definido de maneira coerente. Êle gosta de gerar disputas e provocar acidentes. É grosseiro, vaidoso, indecente, a tal ponto que os primeiros missionários, assustados, comparam-no ao Diabo. A presença de ÈSÙ esta no membro ereto do macho, na penetração da femea, na ejaculação, na primeira célula que está em formação, na paixão, no desprezo, no engano, na dor, no consumo de álcool e tóxico.

Porém, ÈSÙ possui o lado bom e, se êle é tratado com consideração, reage mostrando-se servisal e prestativo. Se, ao contrário, esquecerem de lhe oferecer sacrifícios e oferendas, podem esperar catástrofes. Desta forma, revela-se o mais humano dos Òrìsás, nem completamente mau, nem completamente bom.

Històricamente, ÈSÙ teria sido um dos companheiros de ODÙDUWÀ, princípio feminino, quando da sua chegada a IFÉ, e chamava-se ÈSÙ OBASIN. Tornou-se mais tarde, um dos assistentes de ÒRÚNMÌLÀ, que preside a adivinhação pelo sistema de IFÁ e rei de KÉTU, sob o nome de ÈSÙ ALÁKÉTU.

Como ÒRÌSÀ, diz-se que êle veio ao mundo com um porrete, chamado OGÒ, que teria a propriedade de transporta-lo, em algumas horas, a centenas de quilômetros e atrair, por um poder magnético, objetos situados a distâncias grandes. ÈSÙ é o guardão dos templos, casas, cidades e das pessoas e serve de intermediário entre os homens e os deuses. Por esta razão é que nada se faz sem êle e sem que oferendas lhe sejam feitas, antes de qualquer outro Òrìsa, para evitar suas tendências a provocar mal-entendidos entre os seres humanos e em suas relações com os deuses e dos deuses entre si.

Tem o título de ASIWAJU, quer dizer: aquêle que vai na frente de todos e o primeiro a ser servido.

Devido ao sincretismo, relacionando ÈSÙ ao diabo, os zeladores evitam consagra-lo em seus eleitos. Quando êle se manifesta é acalmado, fixado, com oferendas e sacrifícios; procedendo a iniciação do eleito para seu irmão ÒGÚN, que também tem caráter violento e arrebatado.

Sua saudação: ÈSÙ YÈ, LARÓYÈ, quer dizer: Viva EXU ou Salve EXU.


QUALIDADES


-ELEGBARA

É o mesmo ÈSÙ YANGI, também chamado de IGBÁKETA BARAKETU OBÁ. É o mais velho, a primeira forma a surgir no mundo. É o dono do poder dinâmico do processo da multiplicação dos seres. Está ligado tanto ao ancestral masculino como ao feminino. Carrega o ADOIYRAN, cabaça que contém a força de se propagar. Esta cabaça vai no assentamento. É companheiro, inseparável, de ÒGÚN, a ponto de serem confundidos. Veste o branco, vermelho e o azul escuro. Come bichos machos e femeas.


- YGELU

Associado ao WÁJÌ, que representa o fruto da terra e por extensão o mistério do processo oculto da vida e da multiplicação. Dêle é o caracol africano. Veste o azul arroxeado. Às vezes aparece vestido de preto.


- LALU

ÈSÙ dos caminhos de ÒÒSÀÀLÀ. Não deve beber cachaça nem dendê. Veste-se de branco. Vem, também, para outros Òrixás. Tem muitos filhos.


- YNÁ

É invocado no PADÊ. É associado ao fogo e representa a força. É simbolizado pelo EGAN ( gorrinho em forma de cone ) , pelo pássaro e pelo ÌKÓODÍDE, pena vermelha do papagaio ODÍDE.


- TIRIRI

Acompanha ÒGÚN pelas estradas. Usa vermelho ou todas as cores. Sempre nas porteiras e caminhos. Tem grande força.


- ELEBÓ ou ELERU

É o senhor das oferendas, o portador e o mensageiro. É sempre o primeiro a ser invocado. Veste o preto e o vermelho. É o dono do dendê. É êle que carrega o dendê na peneira.


- ODARA

É invocado no PADE. Providencia a comida e a bebida de todos. É benéfico, não gosta de bebida alcólica, aprecia mel e vinho, gosta de branco, mas usa vermelho e preto. Êle nos dá a fortuna.


- LONA

É o ÈSÙ das porteiras dos barracões, vigia os caminhos. Traz os clientes e a fartura. Usa vermelho, preto e azul arroxeado.


- OLOBÉ

Este ÈSÙ é o dono da faca. É êle que separa as frações de substâncias para formar outros seres diferentes. É muito semelhante ao ÒGÚN SOROQUE, anda pelas madrugadas, sempre procurando os profanadores de oferendas postas nas encruzilhadas. Sua cor é azul arroxeado. Êle é o ASOGUN e sacerdote, sacrificador da sociedade das ÌYÁMI ÀJÉ.


- ALAKÉTU

É o ÈSÙ do dinheiro, veste branco, vermelho e azul escuro.


- ENÚGBANIJO

É o dono da boca, aquêle que fala e traz as respostas.


- AKESAN

É o que fala pelos búzios.


- LARÓYÈ

É astuto e provoca brigas


- SIGIDI

Provocador de brigas.

ORÍKÌ

ÈSÙ òta Òrìsà. Osétùrá ni oruko bàbá mò ó. Alágogo Ìjà ìyá npè é. ÈSÙ ÒDÀRÀ, òmòkùnrin ìdólófin. O lé sónsó sí orí èsè elésè. Kò jè, kò jé kí ènje gbé mi. A kìì lówó láì mu ti Èsù kúrò. A kìì lóyò lái mú ti ÈSÙ kùró. Axòntún se òsì láì ní ítijú.ÈSÙ àpáta sòmò òlòmo lènu. O fi okuta dipò iyò. Lòògèmò òrun, a nla kálù. Pàápa-wàrá, a túká máse sà. ÈSÙ máse mi, òmò èlòmíràn ni ose.

Quer dizer:

--Esú, o inimigo dos Òrìxás. Oxéturá é o nome pelo qual você é chamado por seu pai. Alágogo Ìjà é o nome pelo qual você é chamado por sua mãe. Esú Òdàrà, o homem forte de Ìdólófin. Esú que senta no pé dos outros. Que não come e não permite a quem esta comendo engulir o alimento. Quem tem dinheiro, reserva para Esú a sua parte. Quem tem felicidade, reserva para Esú a sua parte. Esú que joga nos dois times sem constrangimento. Esú que faz uma pesso falar coisas que não deseja. Esú que usa pedra em vez de sal. Esú o indulgente filho de Deus, cuja grandeza manifesta-se em toda parte. Esú apressado, inesperado que quebra em fragmentos que não se poderá juntar novamente. Esú, não me manipule, manipule outra pessoa.


SUAS ERVAS


- Cansanção, urtiga, tinhorão roxo, barba do diabo, garra do diabo, comigo-ninguém-pode, fedegoso, figueira preta, cactos de todas as qualidades, abranda fogo, jamelão, jurubeba, avinagreira e arrebenta cavalo.

Em se assentamento devem ser colocadas uma folha de cada Òrixá e uma fava também.


LENDA


Dois amigos trabalhavam em campos vizinhos. ÈSÙ pôs um boné vermelho de um lado e branco do outro e passou sôbre uma cerca que separava as duas propriedades. Após alguns instantes, um dêles fez alusão ao homem do boné vermelho, o outro fez a mesma crítica ao homem do boné branco. O primeiro insistiu que o boné era vermelho, o outro que o boné era branco. como estavam ambos de boa fé, continuaram sustentando seus pontos de vista, cada vez com mais calor e cólera. Acabaram matando-se.

Ogun




Era um terrível guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos. Dessas expedições êle trazia sempre um rico espólio e numerosos escravos. Nascido na cidade de IFÉ e nela cultuado,pois veio na corte de ÒRÚNMÌLÀ em sua chegada a terra.

É considerado filho de YEMONJA e outras vezes de ODÙDUWÀ e, em ambos, seu pai é ÒRISÀNLÁ.

ÒGÚN caça e inventa armas. Deve-se ter sempre a seus pés uma cabaça virada, pois se êle chegar e não encontra-la, fica nervoso. O fogo e o sangue simbolizam a raiva e o desejo de guerrear. Êle teve várias esposas: ÒSUN, OBÁ e OYA, mas a mais importante foi ELESY ÒSUN ORIY, aquela que pintava sua cabeça com pós brancos e vermelhos. Por onde passava conquistava aldeias, cidades, era aclamado e recebia vários nomes: ÒGÚN BENIN, ÒGÚN DAYO, ÒGÚN FENÁN, ÒGÚN KAUANÁ; não são qualidades e sim títulos. Seu principal alimento é o IXÙ ( inhame ) .

ÒGÚN é assentado, geralmente, do lado de fora. Gosta de ficar rodeado de árvores, como YIOBÉ, peregun, sua árvore de maior fundamento, e YIZIEEOU, pé de jaca. Mulher não deve chegar perto.

Sua saudação: ÒGÚN YÈ, PÀTÀKÌ ORÍ ÒRÌSÀ, quer dizer: Salve OGUN, Oricha importante para a cabeça.


QUALIDADES


- ÒGÚN JÁ -

É o Òrìsá da casa de ÒÒSÀÀLÀ, o grande guerreiro branco. Como todo ÒGÚN, come inhame, tem temperamento rabujento e solitário. Em seus assentamentos levaÓSN e WÁJI. Não se pronuncia seu nome em vão e nem a noite. Veste branco e, também, o verde. Suas contas são verde-claro. Cobre-se de mariwo.


- ARYES ou WARYN -

É perigoso e feiticeiro, ligado aos antepassados. Tem pemperamento muito difícil e autoritário. Veste verde-claro, come com YEMONJA e ÒÒSÀÀLÀ. Gosta de comer cabritos pequenos, aprecia a carne de marreco e não come frango em suas obrigações.


- AJAKÁ -

Irmão mais velho de SÀNGÓ, conquistou a cidade de OYÓ e deu para seu irmão governar. Guerreiro sanguinário. Veste vermelho e verde escuro, suas contas são iguais a vestimenta. Teria sido o primeiro rei de OYÓ. É agressivio, gosta de dar ordem e ser obedecido.


- IKOLÁ -

É um ÒGÚN solitário que tem ligação com XOROQUE e ÒÒSÀÀLÀ. Come ÌGBÍN e veste-se de verde escuro ou vermelho. Adora galos vermelhos e bode de chifres grandes.


- ELEMONÁ -

Mora nas matas e caça muito bem. É muito sério, áspero, não se apegando a ninguém, a não ser a sua própria família. Tem fundamento com OBALÙWÀIYÉ e ÈSÙ.


- ALABEDÈ -

É um grande ferreiro e ferramenteiro. Este ÒGÚN é o marido de YEMONJA OGUNTÉ e o pai de AKEKO. É o mais velho, trabalhador, exigente e rabugento. Veste-se de azul arroxeado e o vermelho. Contas iguais a roupa. Come com ÈSÙ e YEMONJA.


- OLODÉ -

É caçador e não come animais caseiros. Amigo e conhecedor dos caminhos como ÒSÓÒSÌ. Semelhante a ÒSÓÒSÌ. Come, em seus assentamentos, caça. Leva um ADEMATÁ e só come nos caminhos da mata.


- MEGE ou MEGE-MEGE -

Seria o mais velho, a raiz de todos. É um ÒGÚN completo. Come nos cemitérios. Soleteirão, ranzinza e muito sanguinário. Suas cores são o verde claro e o vermelho claro.


- MENÉ -

É um jovem guerreiro. Veste-se de verde claro e usa contas verdes. Come com ÒÒSÀÀLÀ e tem grande fundamento com YEMONJA.


- AKORÓ -

É irmão mais velho de ÒSÓÒSÌ e ligado a floresta. É invocado no PADE. É filho de YEMONJA OGUNTÉ, jovem, dinâmico, entusiasta, empreendedor, protetor seguro, amigo fiél e ligado ao mau.


- ONIRÉ -

Primeiro filho de ODÙDUWÀ. Usa contas verdes. Guerreiro impulsivo, cortador de cabeças, ligado a morte e aos antepassados. Muito impaciente, não pensa antes de agir, mas acalma-se rápido.


- AJÒ -

Fica fora do barracão e toma conta da porteira. É o primeiro a ser saudado. Companheiro de ÈSÙ, ronda as encruzilhadas, comendo com ÈSÙ nas estradas. Veste-se e tem contas azul arroxeado.


- ONIJÉ -

É o Òrìsá que tritura, corta e provoca ferimentos. Não é aconselhável raspar este Òrìsá em seus filhos. Veste o verde escuro e o vermelho. Tem ligações com OYA YGBALÉ.


- SÓRÒKÈ -

É um Òrìsá das terras GEGE, um tipo muito perigoso. Dizem que foi amaldiçoado por seu pai e sua mãe.

Conta a lenda que um vulcão entrou em erupção e SOROKÈ pulou de dentro dêle, em forma de fogo.

É o senhor da noite, vive nos cantos das encruzilhadas, castigando os que por ali passam e profanam as oferendas ali colocadas. É o Òrìsá da vingança, pois seu temperamento é muito forte.

Tem que ser feito no domínio do pai, VILA MAVUMBE, e ambos no domínio da mãe, APANDÁ. Faz-se o ÈSÙ, escravisado por ÒGÚN, tendo que assentar ÒSUN. Não pode ser feito dentro do barracão. Tudo é duplo, até o QUELÊ. São dois assentamentos, um de ÈSÙ, sem massa e outro de ÒGÚN, com massa, sôbre o ÈSÙ. Dança-se para ÈSÙ, ÒGÚN e ÒSUN.


ORÍKÌ

ÒGÚN pèlé o. ÒGÚN, alákáyé, osìn ímolè. ÒGÚN alada méji. O fi òkan ye oko. O fi òkan ye ona. Ojó ÒGÚN ntókè bò. Aso iná ló mu bora, ewu ejè lówò. ÒGÚN edun olú irin. Awònye òrìsà tií bura re sán wònyìnwònyìn. ÒGÚN ONIRE alagbara. A mu wodò, ÒGÚN si la omi logboogba. ÒGÚN lo ni aja oun ni a pa aja fun. Onílí ikú, olódèdè màríwò. ÒGÚN olónà ola. ÒGÚN a gbeni ju oko riro lo, ÒGÚN gbeni o. Bi o se gbe Akinoro.

TRADUÇÃO:

Ogun eu te saúdo. Ogun senhor do universo, lorde dos orixás. Ogun dono de dois facões. Usou um deles para preparar a horta e o outro para abrir caminho. No dia em que Ogun vinha da montanha ao invés de roupa, usou fogo para cobrir-se e vestiu roupa de sangue. Ogun, a divindade do ferro, orixá poderoso, que se morde inúmeras vezes. Ogun Onire, o poderoso. O levamos para dentro do rio e ele, com seu facão, partiu as águas em duas partes iguais. Ogun é o dono dos cães e para ele sacrificamos. Ogun, senhor da morada da morte, o interior de sua casa é enfeitado de mariwo. Ogun, senhor do caminho da prosperidade. Ogun, é mais proveitoso ao homem cultua-lo do que sair para para plantar Ogun. Apoie-me do mesmo modo que apoiou Akinoro.


SUAS ERVAS


- Eucalípto, umbaúba, comboatá, chapéu de couro, capim limão, cordão de frade, folhas de manga espada, pé de pinto, vence demanda, abre caminho, peregum, dandá da costa.

Osossi





Filho de YEMONJA e ÒÒSÀÀLÀ é o deus da caça e vive nas florestas, onde moram os epíritos dos antepassados. Tem a virtude de dominar os espíritos da floresta.

Na África era a principal divindade de ILOBU, onde era conhecido pelo nome de YRINLÉ ou INLÉ, um valente caçador de elefantes. Conduziu seu povo de ILOBU a guerra e os ensinou a arte de guerrear, permanecendo até hoje nesta cidade.

Ocupa um lugar de destaque nos Candomblés em Salvador, isto porque é o patrono de todos os terreiros tradicionais.

ÒSÓÒSÌ é o único Òrìsá que entra na mata da morte, joga sôbre si um pó sagrado, avermelhado, chamado AROLÉ, que passou a ser um de seus dotes. Este pó o torna imine a morte e aos ÉGÚNS.

Sendo êle um rei, carrega o EYRUQUERE ( espanta moscas ) que só era usado pelos reis africanos, pendurado no saiote.

Come com ÈSÙ e mora do lado esquerdo, onde está situado toda a sua força. Êle é um EBORÁ da esquerda. Cura-se e raspa-se pelo lado esquerdo. OLODÉ é o ÈSÙ de ÒSÓÒSÌ e como pelo lado esquerdo.

Sua saudação: ODE, ÒKÈ ÀRÓ, quer dizer: Salve o caçador.


QUALIDADES


- YBUALAMO

É velho e caçador. Come nas águas mais profundas. Conta um mito que YBUALAMO é o verdadeiro pai de LOGUNEDE. Apaixonado por ÒSUN e vendo-a no fundo do rio, êle atirou-se nas águas mais profundas em busca do seu amor.

Sua vestimenta é azul celeste, como suas contas. Come com OMOLU AZOANI. Usa um capacete feito de palha da costa e um saiote de palha.


- INLE

É o filho querido de OSOGUIAN e YEMONJA. Veste-se de branco em homenagem a seu pai. Usa chapéu com plumas brancas e azul claro. É tão amado que OSOGUIAN usa em suas contas uma azul claro de seu filho. Come com seu pai e sua mãe ( todos os bichos ) e tem fundamento com ÒGÚN JÁ.


- DANA DANA

Tem fundamento com ÈSÙ, ÒSÓNYÍN, OSÙMÀRÈ e OYA. É êle o Òrìsá que entra na mata da morte e sai sem temer ÉGÚN e a própria morte. Veste azul claro.


- AKUERERAN

Tem fundamento com OSÙMÀRÈ e ÒSÓNYÍN. Muitas de suas comidas são oferecidas cruas. Êle é o dono da fartura. Êle mora nas profundezas das matas. Veste-se de azul claro e tiras vermelhas. Suas contas são azul claro. Seus bichos são: pavão, papagaio e arara, tira-se as penas e solta-se o bicho.


- OTYN

Guerreiro e muito parecido com seu irmão ÒGÚN, vive na companhia dêle, caçando e lutando. É muito manhoso e não tem caráter fácil. Muito valente, esta sempre pronto a sacar sua arma quando provocado. Não leva desaforos e castiga seus filhos quando desobedecido. Usa azul claro e o vermelho, contas azul, leva capangas, roupas de couro de leopardo e bode. Tem que se dar comida a ÒGÚN.


- MUTALAMBO

Tem fundamento com ÈSÙ.


- GONGOBILA

É um ÒSÓÒSÌ jovem. Tem fundamento com ÒÒSÀÀLÀ e ÒSUN.


KOIFÉ

Não se faz no Brasil e na África, pois muitos de seus fundamentos estão extintos. Seus eleitos ficam um ano recolhidos, tomando todos os dias o banho das folhas. Veste vermelho, leva na mão uma espada e uma lança. Come com ÒSÓNYÍN e vive muito escondido dentro das matas, sòzinho. Suas contas são azuis clara, usa capangas e braceletes. Usa um capacete que lhe cobre todo o rosto. Assenta-se KOIFÉ e faz-se YBO, YNLÉ ou ÒSUN KARÉ; trinta dias após, faz-se toda a matança.


- AROLÉ

Propicia a caça abundante. É invocado no PADE. É um dos mais belos tipos de ÒSÓÒSÌ. Um verdadeiro rei de KÉTU. As pessoas dêle são muito antipáticas. Jovem e romantico, gosta de namorar, vive mirando-se nas águas, apreciando sua beleza. Come com ÒGÚN e ÒSUN. Veste azul claro, aprecia a carne de veado e é agil na arte de caçar.


- ODE KARE

É ligado as águas e a ÒSUN, porém os dois não se dão bem, pois exercem as mesmas forças e funções. Come com ÒSUN e ÒÒSÀÀLÀ. Usa azul e um BANTÉ dourado. Gosta de pentear-se, de perfume e de acarajé. Bom caçador, mora sempre perto das fontes.


- ODÉ WAWA

Vem da orígem dos Òrìsas caçadores. Veste-se de azul e branco, usa arco e flecha e os chifres do touro selvagem. Come com ÒÒSÀÀLÀ e SÀNGÓ, pois dizem que êle fez sua morada debaixo da gameleira. Está extinto, assenta-se êle e faz-se AIRÁ ou ÒSUN KARÉ.


- ODÉ WALÈ

É velho e usa contas azul escuro. É considerado como rei na África, pois seu culto é ligado, diretamente, a pantera. É muito severo, austério, solteirão e não gosta das mulheres, pois as acha chatas, falam demais, são vaidosas e fracas. Come com ÈSÙ e ÒGÚN.


- ODÉ OSEEWE OU YBO

É o senhor da floresta, ligado as folhas e a ÒSÓNYÍN, com quem vive nas matas. Veste azul claro e usa capacete quase tampando o seu rosto

ORIKI

ÒSÓÒSI. Awo `ode ìjà pìtìpà. Omo ìyá ÒGÚN ONÍRÉ. ÒSÓÒSI gbà mí o. Òrìsà a dinà má yà. Ode tí nje orí eran. eléwà òsòòsò. Òrìsa tí ngbélé imò, gbe ilé ewé. A bi àwò lóló. ÒSÓÒSÌ kì nwo igbó, kí igbo má mì tìtì. Ofà ni mógàfí ìbon, oo ta ofà sí iná, iná kú pirá. O tá ofà sí oòrùn, oòrùn rè wèsè. Ogbàgbà tí ngba omo rè. Oní màríwò pákó. Ode bàbá ò. Odè ojú ÒGÚN, O fi kan soso pa igba ènìyàn. Ode nú igbó, o fi ofà kan soso pa igba eranko. A wo eran pa si ojúbo ÒGÚN lákayé, má wo mi pa o. Má sì fi ofà owo re dá mi lóró. Odè ò, Odè ò, Odè ò, ÒSÓÒSI ni nbá Odè inú igbo fà, wípé kí ó de igbó re. ÒSÓÒSÌ oloró tí nba ségun, o bá ajé jà, o ségun. ÒSÓÒSI o. Má bà mi jà o. ÒGÚN ni o bá mi se o. Bí o bá nbò láti oko. Kí o ká ilá fún mi wá. Kí o re ìréré ìdí rè. Má gbàgbé mi o, Odè ò, bàbà omo kí ngbàgbé omo.

TRADUÇÃO:

Oxosi! Ó orixá da luta, irmão de Ogún Onire. Oxosi, me proteja! Orixá que tendo bloqueado o caminho, não o desimpede. Casador que come a cabeça dos animais. Orixá que come ewa osooso. Orixá que vive taanto em casa de barro como casa de folhas. Que possui a pele fresca.. Oxosi não entra na mata sem que ela se agite. Ofá é a arma poderosa que o pai usa em lugar da espingarda. Ele atirou a sua flecha contra o fogo, o fogo se apagou de imediato. Atirou sua flecha contra o sol, e o sol se pôs. Ó salvador, que salva seus filhos! Ó senhor do màriwó páko! Meu pai caçador chegou na guerra, matou duzentas pessoas com uma única flecha. Chegou dentro da mata, usou uma única flecha para matar duzentos animais selvagens. Arrasta um animal vivo até que ele morra e o entrega no ojubo de ÒGÚN. Não me arraste até a morte. Não atire sofrimentos em minha vida com seu Ofá. Ó ODÉ! ó ODÉ!, ó ODÉ! Dentro da mata é OXOSI que luta ao lado do caçador para que ele possa cacar direito. OXOSI, o poderoso, que vence a guerra para o rei. Lutou com a feiticeira e venceu. Ó OXOSI, não brigue comigo. Vence as guerras para mim, quando voltar da mata, colhe quiabos para mim , e se colhe-los, tire seus talos. Não se esqueça de mim. Ó ODÉ, um pai não de esquece do filho.


SUAS ERVAS


- João borandi, São Gonçalinho, espinho cheiroso, alecrim do campo, maminha de vaca, abre caminho, alfavaca, saião, ingá, acácia jurema, alecrim caboclo, arruda miuda, bredo de Santo Antonio, caiçara, erva curraleira, aperta ruão, groselha ( folhas ) , pitanga, rabo de tatu, patchulim ( folhas ) e língua de vaca.


LENDA


Conta-se que um grande caçador entrou na mata com seu filho, LOGUNEDE, ensinando-lhe a arte de caçar e manejar o arco e a flecha, Após inúmeras caçadas, LOGUN sentou-se embaixo de uma árvore para descançar. Nessa árvore pousou um pássaro e ÒSÓÒSÌ preparou sua arma e atirou. Acertou em cheio o pássaro e, também, uma colméia de abelhas. Elas foram cair justamente sôbre a cabeça de LOGUNEDE, que sem ter como se defender foi picado. ÒSÓÒSÌ vendo o desespero do filho, correu a acudi-lo, sendo mordido várias vezes. Conseguindo fugir, deitou seu filho em folhas frescas e, sem saber o que fazer, pôs-se a chorar. Eis que o Òrìsá OMOLÚ vendo aquilo, parou e apiedou-se do estado de LOGUNEDE, pois a criança estava morrendo. OMOLÚ tirou de sua capanga água de cana e gengibre, pilou e aplicou sôbre os ferimentos, aliviando as dores. Após isto, fez o mesmo com ÒSÓÒSÌ, curando-o completamente.

ÒSÓÒSÌ então disse-lhe: Senhor dos aflitos, ponho o meu reino a seus pés e toda a minha caça que daqui por diante eu conseguir, comeremos juntos. OMOLÚ agradeceu e seguiu seu caminho. Então ÒSÓÒSÌ jurou que nunca mais comeria o mel, pois o mel o faria lembrar todo o sofrimento seu e de seu filho. Por isso ÒSÓÒSÌ não leva mel e LOGUNEDE é lavado com açucar mascavo e gengibre. Toda pessoa de LOGUN tem que assentar AZOANI. Tem que ter um pedaço de colméia para quando LOGUN chegar, depois enrola-se num murim e joga-se no rio. Também é proibido aos filhos de LOGUN comerem palmito, figado de boi e caças.

Logun ede




É filho de ÒSÓÒSÌ YBUALAMO e ÒSUN YPONDÀ. Na parte masculina êle veste azul claro e na feminina amarelo ouro. Suas ferramentas ( IBÁ ) levam sete espadas pequenas, amarelas, sete ofas pequenos, amarelos; usa arco e flecha, um leque e uma trombeta ( berrante ) , mas delicado. Seus bichos são o faisão, canário da terra, coelho e periquito. LOGUN não come frangos, e sim galo e galinha garnizé, porco da índia, tatu e bode castrado.

Tudo dêle é dobrado. Êle só responde chorando.

É a divindade das águas doces e do mato baixo.

Sua saudação: LÒGÚN Ó AKOFÀ, quer dizer: Êle é LOGUN, peguemos o arco e a flecha.


QUALIDADES


- EDÈ LOKO

Tem fundamento com ÈSÙ.


- EDÈ YBAYN

Leva carrinhos e bola de gude, pois êle é um recem-nascido.


- APANAN .


Todos comem com ÈSÙ e ÒSÓÒSÌ. Seus fundamentos estão em sua mãe de criação, ONIRA, sem ela LOGUN não caminha. Toda pessoa de LOGUN tem que assentar ONIRA e de ONIRA tem que assentar LOGUN. LOGUNEDE assenta, também, YBUALAMO, YPONDA e OPARÁ.

Iroko




Êle reside na gameleira branca. É assentado no seu pé, após preparo ritual da raiz, e o tronco é enfeitado com um ÒJÁ FUNFUN ( OJÁ BRANCO )branco. A relação com esta árvore é comum a várias divindades e exprime sua relação com seus antepassados. Como ÈSÚ , ÌRÓKÒ carrega para longe os fluídos maléficos. Quando manifesta-se os fiéis jogam sôbre êle os fluídos que querem se livrar e êle corre para fora do barracão para atirar no mato todo o mau. As vezes bebe tanto que cai no chão. Cobre-se então com um ALÀ branco e , pouco depois, já recuperado êle ergue-se e volta a dançar. Dança de joelhos no chão e o BRAVUN, ritmo GEGE, como OSÙMÀRÈ. Veste cores fortes, vermelho, azul e verde, às vezes cinza ou marrom e branco e leva uma lança na mão. Suas contas são verde musgo e riscadas de marrom. As vezes veste-se de palha como OMOLÚ. Sua incorporação é pouco vista , seus filhos giram tontos, cambaleando pelo barracão antes de caírem fulminados, logo levantam-se e pôem-se a dançar.

Seu assentamento é feito numa gamela oval, pega-se um pedaço do tronco da gameleira branca e faz-se uma pequena estátua de um negro africano com um IDÈ branco no nariz, na cabeça um colar de búzios e moedas. Na gamela pôe-se uma corrente em volta , 6moedas e no meio da gamela uma seta e a estátua.


QUALIDADES


- GIROKOSSI


- LOKOSSI


SUAS FOLHAS


- Milame, colonia, saião, iriri, mãe boa, barba de velho, esrva prata, crista de galo, nóz moscada, abilzeiro, jaqueira e cajueiro. Quando se faz o Òrìsá, pôe-se uma folha de saco-saco embaixo do pé do IYAÓ uma folha de saco-saco e na boca uma folha de assa-peixe.


SEUS BICHOS :


- Um cabrito de chifre virado;

- Quatro frangos de esporão grande;

- Um galo d"angola;

- Um pombo branco.

Após matar os bichos, tira-se a língua de todos êles e as esporas do galo.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Oti


Otim esconde que nasceu com 3 seios" Oquê, rei da cidade de Otã, tinha uma filha. Ela nascera com seios e era chamada de Otim.O rei Oquê adorava sua filha e não permitia que ninguém soubesse de sua deformação. Este era o segredo de Oquê, este era o segredo de Otim. Quando Otim cresceu, o rei aconselho-a a nunca se casar, pois um marido, por mais que a amasse, um dia se aborreceria com ela e revelaria ao mundo seu vergonhoso segredo. Otim ficou muito triste, mas acatou o conselho do pai. Por muitos anos, Otim viveu em Igbajô, uma cidade vizinha, onde trabalhava no mercado.

Um dia, um caçador chegou ao mercado, e ficou tão impressionado com a beleza de Otim, que insistiu em casar-se com ela. Otim recusou seu pedido por diversas vezes, mas, diante da insistência do caçador, concordou, impondo uma condição: o caçador nunca deveria mencionar seus quatro seios a ninguém . O caçador concordou, e impos também sua condição: Otim jamais deveria por mel de abalhas na comida dele, porque isso era seu tabu, seu euó.... Por muitos anos, Otim viveu feliz com o marido. Mas como era a esposa favorita, as outras esposas sentiram-se muito enciumadas. Um dia, reuniram-se e tramaram contra Otim. Era o dia de Otim cozinhar para o marido; ela preparava um prato de milho amarelo cozido, enfeitado com fatias de coco, o predileto do caçador.

Quando Otim deixou a cozinha por alguns instantes, as outras sorrateiramente puseram mel na comida. Quando o caçador chegou em casa e sentou-se para comer, percebeu imediatamente o sabor do ingrediente proibido. Furioso, bateu em Otim e lhe disse as coisas mais cruéis, revelando seu segredo: "Tu, com teus quatro seios, sua filha de uma vaca, como ousaste a quebrar meu tabu?"A novidade espalhou-se pela cidade como fogo.

Otim, a mulher de quatro seios, era ridicularizada por todos. Otim, fugiu de casa e deixou a cidade do marido Voltou para sua cidade, Otã, e refugiou-se no palácio do pai. O velho rei a confortou, mas ele sabia que a noticia chegaria também a sua cidade.Em desespero, Otim fugiu para a floresta. Ao correr, tropeçou e caiu. Nesse momento, Otim transformu-se num rio, e o rio correu para o mar. Seu pai, que a seguia, viu que havia perdido a filha.

Lá ia o rio fugindo para o mar. Querendo impedir o Rio de continuar sua fuga, desesperado, atirou-se ao chão, e, ali onde caiu, transformou-se em uma montanha, impedindo o caminho do rio Otim para o mar.Mas Otim contornou a montanha e seguiu seu curso.Oquê, a montanha, e Otim, o rio, são cultuados até hoje em Otã. Odé, o caçador, nunca se esqueceu de sua mulher.

Ossanyn


Osanhe imita um passaro e casa com a filha do rei


Um rei decidiu casar a sua filha mais velha,daria em casamento o pretedente que adivinhasse o nome de suas três filhas.
Osanhe aceitou o desafio.A tarde,Osanhe saiu sorrateiro por trás do palácio,subiu no pe de obi e se escondeu entre seus galhos.Quando as três princesinha saíram para brincar,foram surpreendidas por um canto que vinha daquela arvore.Era o canto de um pássaro irresistível,de um passarinho das matas de Osanhe.Mas era o canto de Osanhe,imitando o pássaro,que brincou com as três princesas e conseguiu assim saber o nomes delas.
Aió Dele,Omi Dele e Onã Inã,eram estes os nomes das filhas do rei.Sua esperteza havia dado certo.
No dia seguinte Osanhe foi ao rei e declamou a ele o nomes das princesas.Osanhe então casou-se com a mais velha.
Osanhe desde então Osanhe é identificado como um pássaro.


É um Òrìsà encantado, não viveu na forma humana. É filho direto de OLODUMARÈ, o Deus Supremo.

Êle vive no fundo da floresta e tem como companheiro, permanente, um anãozinho de uma perna só, que fuma um cachimbo feito com a casca do caracol, enfiado num TARYOKÓ, uma varinha de bambu, com suas folhas prediletas. Carrega um pássaro que voa por toda parte e pousa em sua cabeça, contado-lhe tudo que viu ou se alguém se aproxima.

Històricamente seria filho de NÀNÁ e ÒÒSÀÀLÀ e criado por YEMONJA, sendo irmão de criação de ÒGÚN, ÒSÓÒSÌ e ÈSÙ e irmão carnal de ÌRÓKÒ, OSÙMÀRÈ e OBALÚWÀIYÉ, por isto é assentado ao lado de sua mãe e seus irmãos.

ÒSÓNYÌN conversa com os espíritos sagrados que moram dentro das árvores, sendo êles e os animais seus companheiros na floresta. Assim como ÒSÓÒSÌ, também conhece a linguagem dos animais e dos pássaros, imitando-os com perfeição.

Êle é representado, na África, pela cor verde.

Assim como ÈSÙ, ÒSÓNYÌN come bichos machos e femeas.


FUNDAMENTO

Quando se faz o YIAO leva-se na mata, passa-se mel, deita êle no chão cobrindo-o de fohas, cantando para as folhas em seu redor. Levanta-o após 7 cantigas e êle entra nas águas.

ÒSÓNYÌN é assentado na mata. Passa na encruzilhada por causa de ÈSÙ. Come preá do mato.

Sua saudação: EWÉ Ó! EWÉ ÀSÀ, quer dizer: OH! as folhas, a folha é tradição.

QUALIDADES


- AGUÉ

Usa roupas e contas rosa rajado de verde. Come com OSÙMÀRÈ e OYA.


- MOKOSSU

Um tipo velho, vive escondido no mato, fuma muito e bebe com abundância. Tem caminhos com ÈSÙ.


- GAYAKU

É novo, muito vivo, só vive em cima das árvores, nunca aparece nos lugares habitados. Come com ÒSÓÒSÌ e aparece na roda do PADE.


- AGBÉNIGI

É velho, grande feiticeiro, dono do pássaro sagrado e o único que chega bem perto das YIAMIN OSORONGÁ. Dono absoluto do poder das ervas. Come diretamente com ÈSÙ.


- ARONY

Recebe uma saudação própria, diferente dos outros. Apesar de ser companheiro de AGBÉNIGI, é mais terrível, fumando seu cachimbo faz mais bruxarias que os outros. Só come bicho de duas pernas.

Sua saudação:

- VÓLÀ VÓLÀ EWÉ, quer dizer : Dono de uma perna que come o dono de duas pernas.


ORÍKÌ


Agbénigi, òròmodìe abìdi sónsó

Esinsin abedo kínníkínni;

Kòògo egbòrò irín

Aképè nìgbà oràn kò sunwòn

Tíotío tín, ó gbà aso òkùnrùn ta gìègìè

Elésè kan jù elésè méjì lo.

Aro abi-okó lièliè

Ewé gbogbo kíki oògùn

Agbénigi, èsisi kosùn

Agogo nla se erpe agbára

ó gbà wòn là tán, wòn dúpé téniténi

Aròni já si kòtò di oògùn máyà

Elésè kan ti ó lé elésè méji sáré


Quer dizer:

Agbénegi, que vive na árvore e que tem um rabo pontudo como um pinto

Aquele que tem o fígado transparente como o da mosca

Aquele que é tão forte quanto uma barra de ferro

Aquele que é invocado quando as coisas não estão bem.

O esbelto que quando recebe a roupa da doença se move como se fosse cair

O que tem uma só perna e é mais poderoso que os que têm duas

O fraco que possui um penis fraco

Todas as folhas têm viscosidade que se tornam remédio

Agbénigi, o deus que usa palha

O grande sino de ferro que soa poderosamente

A quem as pessoas agradecem sem reservas depois que êle humilha as doenças

Aroni que pula no poço com amuletos em seu peito

O homem de uma perna que incita os de duas pernas para correr.



SUAS ERVAS


ÒSÓNYÌN é chamado de BABA EWÉ, pai das folhas. Todas as folhas lhe pertencem, em especial as de fixo, peregum, fumo, aroeira, alecrim do campo e amendoeira.

Êle não gosta de ervas cultivadas ou caseiras.

Obaluaye



Obaluaê tem as feridas transformadas em pipoca por Iansã;


Chegando de viagem à aldeia onde nascera,Obaluaê viu que estava acontecendo uma festa com a presença de todos orixás.Obaluaê não podia entrar na festa devido sua medonha aparência.Então ficou espreitando pelas frestas do terreiro.Ogum,ao perceber a angustia do orixá,cobriu com uma roupa de palha que ocultava sua cabeça e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos festejos.
Apesar de envergonhado,Obaluaê entrou,mas ninguém se aproximava dele.Iansã tudo acompanhava de rabo de olho,ela compreendia a triste situação de Obaluaê e dele se compadecia.
Iansã esperou que ele estivesse bem no centro do barracão.O xirê estava animado,os orixás dançavam alegremente com suas equedes.Iansã chegou então bem perto dele e soprou suas roupas de mariô,levantando as palhas que cobriam sua pestilência.Nesse momento de encanto e ventania,as feridas de Obaluaê pularam para o alto,transformadas numa chuva de pipocas,que se espalharam brancas pelo barracão.
Obaluaê,o deus das doenças,transformou-se em um jovem belo e encantador.
Obaluaê e Iansã Igbalé tornaram-se grandes amigos e reinaram juntos sobre o mundo dos espíritos,partilhando o poder único de abrir e interromper as demandas dos mortos sobre os homens.


É filho de NÀNÁ YBAIN e ÒÒSÀÀLÀ. Irmão adotivo de ÒGÚN e ÈSÙ e irmão carnal de ÌRÓKÓ e OSÙMÀRÈ.

A varíola é a punição que êle aplica aos maus feitores. Quando morre uma pessoa, OMOLÚ senta-se em cima do corpo , reivindicando seus direitos. Está relacionado a terra, os troncos das árvores e os ramos. Transporta o ÀSE preto, vermelho e branco, seu maior segredo é com os espíritos contidos na terra, que são seus irmãos e de quem êle é o maior símbolo. Assim como NÀNÁ, êle é o patrono dos KAURIS. Êle usa em suas vestimentas um capuz de palha da costa, chamado AXÓ YIKÓ, que lhe foi dado por seu irmão ÒSÓÒSÌ , para lhe cobrir as chagas e, principalmente, seus olhos, pois contêm todo o brilho do sol e quem olhasse perderia a visão. O AXÓ YIKÓ é um material de grande significado, pois participa de todos os rituais ligados a morte. A presença de YIKÓ é indispensável, em todas as situações que se maneja com o sobre natural. O YIKÓ é a fibra da ráfia, obtida de palmas novas de YIGYOGÓRO, árvore sagrada, que produz a palha obtida dos talos do olho da palmeira, quando nova, antes delas abrirem-se e curvarem-se.

O fato de cobrir-se com YIKÓ e ornar-se com búzios e cabaças, mostra que estamos na presença de um Òrìsá ligado, diretamente, com a morte, cujas faculdades destruidoras são de difícil contrôle.

Segundo as lendas, êle é irmão mais velho de SÀNGÓ AJAKÁ. SÀNGÓ destronou um OMOLU velho e assumiu seu lugar, por esta razão existe a guerra entre os dois Òrìsás. Pessoas de OMOLÚ não pegam no SÈRE nem participam da roda de SÀNGÓ. No OLUBAJÉ não entra AMALÁ e na comida de SÀNGÓ não entra DEBURUS.

OMOLÚ usa missangas pretas e brancas e OBALUWÀÍYÉ pretas, vermelhas e brancas, dependendo da qualidade, amarelo, preto e marrom.

Sendo OMOLÚ o dono da terra, é êle quem nos dá todo o tipo de alimentos, inclusive, a êle pertence todos os grãos.

Os OGANS tem que ter respeito pelos atabaques, pois OMOLÚ é o dono dos couros. Este Òrìsá é o padrinho de todos os OGANS. Quando vamos dar comida aos atabaques, damos comida a OMOLÚ.

A OMOLÚ pertence o porco, cabrito, frangos, galos carijós, frangos rajados, d"angola, tatu e cágado. Carneiro é sua grande ÈÈWÒ( KIZILA ). Pega, também, patos pretos e brancos. Depois do ritual de rolar os bichos, tira-se a língua da d"angola, do pato e do porco. O cágado é colocado de barriga para cima, para SÀNGÓ não chegar. As línguas não vão ao fogo.

Sua saudação: ATÓTÓ, quer dizer: Silêncio!


QUALIDADES


- SAPONAN

É o mais antigo. É proibido falar seu nome. Na África quando se fala seu nome, coloca-se mel na boca. Come com ÈSÙ e tem fundamento nas encruzilhadas. Tem caminhos com ÒSÓÒSÌ e é o deus da varíola e das doenças de pele. Era êle quem dizimava nas aldeias. Suas contas são brancas e pretas.

No dia de sua feitura tem que ser feito sete qualidades de comidas, pôr na folha de mamona e levar com uma vela para o campo. Êle leva dois ÌLÈKÈ ( quelê ) : um no pescoço e um na perna esquerda ( duas argolas de aço ) . No dia do recolhimento, leva-se o ÌYÀWÓ na porta do cemitério e da-se um sacudimento. Este santo é preparado no barro vermelho. Quando se dá comida a êle, da-se na encruzilhada, pois êle tem caminhos com ÈSÙ CAVEIRA e MULAMBO.


- AZANSSUN

É ligado ao tempo, as estações do ano e ao culto da terra. É o verdadeiro dono do ciscuzeiro. Seu assentamento é feito no barro vermelho; leva 9 olhos de boi, duas moletas pequenas de cedro, suas lanças são diferentes das dos outros, são sete mas uma é maior, no meio leva uma bandeira de aço e na outra um tridente. Veste vermelho, preto e branco, na perna esquerda leva uma pulseira de aço.


- POSSUN

É o mesmo AZANSSUN do GEGE, "louvado " como POSSUM , no KÉTU e na ANGOLA, como TEMPO. Come diretamente na terra.

Sua dança mostra claramente a sua ligação com ÈSÙ e com a terra, dança com garras nas mãos, como se estivesse cavando a terra ou retalhando alguma coisa.

Em seu assentamento leva uma mão de ferro com uma bola de tabatinga, que representa o mundo, e pôe-se as garras. Come cágado e tatu. Tem caminhos com INTOTO, ÌRÓKÒ e OYA.

- INTOTO

Suas contas são vermelho e preto. É um Òrìsá cultuado em seu assentamento e não vira na cabeça de ninguém, pois não tem como cultua-lo. Antigamente recebia sacrifícios humanos, por tratar-se de um Òrìsá antropófago, come a carne e destroi os ossos. Foi esse OMOLÚ que brigou com OSOGUIAN. Caso apareça um ÌYÀWÒ desse Òrìsá, faz-se AZUANI ou ÒSUN. Da-se comida a terra. Esse Òrìsá é ABIKU, portanto não se raspa, pois representa o fundo da terra. Sòmente se assenta. Come com YEWÀ, OYA e YKU. Seus assentos são cultuados ao lado de NÀNÁ e YEMONJA. Pega-se um pouco de terra de cemitério e pôe-se no assento. Êle presta obediência a ÒSUN, por quem se apaixonou.

Mora só e não aceita a faca, assim como NÀNÁ. Come porco preto, frangos, pombos de cor e galinha d"angola. Come no campo que tenha barro. Quando se faz o ÌYÀWÒ desse santo, todos os Òrìsás viram, exceto SÀNGÓ. Leva-se os bichos e as comidas de YEMONJA, NÀNÁ e ÒÒSÀÀLÀ, bastante epo, acarajés, feijão preto com ovos cozidos, deburus ( a mesma coisa se faz com YEWÀ ) . Tudo dêle é com dendê. Sua comida : feijão preto com um ôvo cozido no meio, deburus ao redor ( feitos com milho de galinha ) , 9 ovos crus, 9 velas e 9 monsenhor. Pede-se a uma pessoa de ÒGÚN, OYA ou OMOLÚ para apanhar várias folhas de mamona. Faz-se um buraco redondo de dois palmos, acende-se as velas ao redor e canta-se as rezas se fundamentos. Sacrifica-se o porco depois da reza, copa-se o bicho ali mesmo, pega-se as galinhas pucha-se os ORIS e coloca-se dentro, enfeitando com as comidas e cobrindo com as folhas de mamona. Já fora do campo, passa-se as folhas de mamona e os ovos, jogando-os e não olhando para trás. Para os assentos só se leva os bichos de penas. Além do campo dá-se comida lá fora, no assento dêle. Sete dias depois é que se faz o ÌYÀWÒ com outra qualidade de OMOLÚ. Ficam assim, dois assentos, um lá fora, de INTOTO e outro de AZUANI.


- JAGUN ou AJAGUN

Em seu assentamento leva uma estatuazinha com olhos. Tem dois ÌLÈKÈ ( quele ) , um de búzios e outro de missangas. No dia da saída tira-se o de búzios e coloca-se no pescoço do boneco. Tem caminhos com ÒÒSÀÀLÀ. É jovem e guerreiro. Leva na mão uma lança chamada OKÓ. É vingativo, ambicioso, luta para alcançar posição alta sem ver de que maneira. Tem caminhos com ÒGÚN JÁ, OSOGUIAN, AYRÁ, ÈSÚ e OSÀLÚFÓN. Êle é cultuado no dia 17 de dezembro, veste branco e preto e suas contas são rajadas. O seu cuscuzeiro leva uma seta só, vem dentro de uma bacia com 9 pratinhos brancos de barro. Seu verdadeiro encanto, como dos outros, é o cântaro ( moringa de uma asa só ) . Neste cântaro pôe-se jóias e dinheiro. Êle não come feijão preto. Come miúdos de boi no azeite doce, os outros comem com demdê. Êle é o único que come ÌGBÍN.


- TETU

É jovem e guerreiro. Come com ÉGÚN e OYA. Veste branco, preto e vermelho. Seu caqueiro é tampado e não se abre nunca.


- AZUANI

É jovem, veste preto e branco como suas contas. Tem caminhos com ÌRÓKÓ e OSÙMÀRÈ. Come tatu na praia.


- AFENAN

É velho, dança curvado. Veste, também , a estopa e carrega duas bolças de onde tira as doenças para jogar nos incrédulos. Veste amarelo e preto, contas iguais. Todas as plantas trepadeiras pertencem-lhe. Tem caminhos com OSÙMÀRÈ e OYA, de quem é companheiro. Dança cavando a terra, como INTOTO, para depositar os corpos que lhe pertence


- AJUNSUN

É estrovertido. Tem fundamentos com ÒGÚN e ÒÒSÀÀLÀ.


SUAS ERVAS


-Mangerona, canela de velho, alunam, café do mato, balaio de pombo, agapanto lilás, erva moura, beldroega vemelha, gervão roxo, sete sangria, espinheira santa, sabugueiro, crizântemo e bomina.

Osumare



Oxumarê desenha o arco-íris no céu para estancar a chuva:


Conta-se que Oxumarê não tinha simpatia pela chuva.Toda vez que ela reunia suas nuvens e molhava a terra por muito tempo,Oxumarê apontava para o céu ameaçadoramente com sua lança de bronze e fazia com que a chuva desaparecesse,dando lugar ao arco-iris.
Um dia Olodumare contraiu uma moléstia que o cegou.Chamou Oxumarê,que da cegueira o curou.Olodumare temia,entretanto,perder de novo a visão e não permitiu que Oxumarê voltasse a Terra para morar.
Para ter Oxumarê por perto,determinou que morasse com ele,e só de vez em quando viesse a Terra em visita,mas só em visita.
Enquanto Oxumarê não vem aTerra,todos podem vê-lo no céu com sua lança de bronze,sempre se fazendo no arco-iris para estancar a chuva.



Filho de NÀNÁ e ÒÒSÀÀLÀ e irmão mais novo de OBALÁWÀIYÉ, ÌRÓKÒ e ÈSÙ. Seu símbolo é o arco-iris, que liga a terra ao céu. Na parte masculina êle é BESSEN e é representado pela cor azul; na parte feminina é YEWÀ, representada pela cor vermelha.

Mora na fonte onde YEWÀ reina. É bissexual, tem sua fase macho e femea. É o Òrìsá das adivinhações, grande feiticeiro e curador. Tem dupla representação, hora como arco-iris, hora como o homem serpente. Usa um manto azul, traz nas mãos uma vassoura feita com folhas de palmeira sagrada e duas cobras de metal amarelado ou branco, dependendo da qualidade.

Sua saudação: ÀRÓBÒ BO YI, quer dizer: Vamos cultuar o intermediário que é elástico.

QUALIDADES


MACHO:

-AZANAODOR, AKEMIN, BOTIBONAN, BESSERIN, DAKEMIN, BAFUN, MAKOR e ARROLO, o mais perigoso.


FEMEA:

- DANBALE, FOKEN, DARRAME, ARAKA, AVERECY, AKOLEDURÁ, BAKILÁ e FREKEN, a mais venenosa.

SUAS ERVAS


- Batata doce, coqueiro de venus.

Nanã



Nanã proibe instrumentos de metal em seu culto


A rivalidade entre Nana Buruku e Ogum data de tempos.
Ogum,o ferreiro guerreiro,era o proprietário de todos os metais.Eram de Ogum os instrumentos de ferro e aço,por isso era tão considerado entre os orixás,pois dele todas as outras divindades dependiam.Sem licença de Ogum não havia sacrifício;sem sacrifício não havia orixá.Mesmo antes de comer pediam licença a ele pelo uso da faca,obé com que se abatiam os animais e se preparava a comida sacrificial.
Nana disse que não precisava de Ogum pra nada,pois se julgava mais impotante que ele.
“Quero ver como vais comer sem a faca para matar os animais”,disse Ogum.Ela aceitou o desafio e nunca mais usou faca.
Foi sua decisão que,no futuro,nenhum de seus seguidores se utilizaria de objetos de metal para qualquer cerimônia em seu louvor.
Que os sacrifícios feitos a ela fossem feitos sem faca,sem precisar da licença de Ogum.


É considerada a divindade mais antiga e cultuada que se conhece . Carrega nas mãos um IBIRI , feito com talo de dendezeiro e ornado de búzios e panos de suas cores . Leva uma coroa de palha da costa com búzios e missangas . O IBIRI da-lhe o poder sôbre a vida e a morte . O pé de OBI e o seu fruto lhe pertence . O fruto representa o corpo . A ave ONIMI ( coruja ) é seu principal fundamento . Nem todas as qualidades de NÀNÁ podem ser feitas , pois um pequeno erro chama IKÙ . É a dona do portal da vida e da morte .

Seu assentamento é um IBÁ de barro , otá , lodo, água de canjica, canjica, azeite doce e mel . Ao lado o alguidar com canjica e sua água, onde vai cortar-se os bichos de pena ( galinha branca e velha , arranca-se a cabeça ) . Só o pombo é cortado em cima do santo . Pinta-se este ibá com pintas vermelhas.

Sua saudação: SÁLÙ BÁ NÀNÁ BURÚKÚ, quer dizer: Nos refugiamos com Nanan da morte ruim.


QUALIDADES


- AJAPÀ

Vive no fundo dos pântanos , ligada a terra ; Òrìsá temido, ligado a lama, a morte e ao renascimento .


- OMILARÉ

É a mais velha , acredita-se ser a verdadeira esposa de ÒÒSÀÀLÀ . Associada aos pântanos profundos e ao fogo . É a dona do universo . É a verdadeira mãe de OMOLÚ INTOTO . Veste verde musgo e branco cristal .


- YBAIN

É a mais temida , Òrìsá da varíola . Usa a cor vermelha . É a principal , come direto na lagoa , dando orígem a outras qualidades . Para chama-la a EKÉJÌ tem que ir batendo com suas pedras para ela chegar e pegar suas filhas .


- ABENEGI

Dessa NÀNÁ nasceu o IBÀ ODU, que é a cabaça que traz OSÙMÀRÈ , ÒSÓÒSÌ OLOKÉ , OYA e YEMONJA .


- OBAIA

É ligada a água e a lama . Mora no pântano . Usa contas de cristal lilás .


- OPARÀ

Muito agressiva . É a mãe de OBALÚWÀIYÉ .


- ADJAOCI

É a guardiã do lado esquerdo , é guerreira e agressiva, confunde-se , às vezes , com OBÁ . É uma divindade das águas doces . Veste-se de azul


SUAS FOLHAS


- Manacá, alfavaca roxa , assa-peixe, avenca, macaé, quaresma, cipreste e travescância ( folga do feijão preto ) .

Osun



Oxum leva ebó ao Orum e salva a terra da seca;

ÒSUN é a filha predileta de YEMONJA e ÒÒSÀÀLÀ . Ela representa as riquezas e tem suas cores relacionadas ao metal mais precioso da antiguidade que era o cobre. Sua cor preferida é o amarelo . Mantém profundos laços de amizade com ORUNMILÀ .Quando ela foi esposa de ÒRÚNMÌLÀ recebeu o título de YIÀ PETYBY , a zeladora dos cauris . Foi nessa ocasião que ela passou a ter ligações com ÈSÙ e um ODÙ chamado OSETURÀ , para obter as respostas perfeitas do jogo de adivinhações , passando então a ser perseguida por ÈSÙ , o que aqui na terra reflete nos seus filhos . As filhas de ÒSUN só jogam os búzios em número de oito , o MERE DYLOGUN , pois os outros oito búzios restantes , que completam o DYLOGUN , o jogo dos dezeseis búzios foram roubados por ÈSÙ . Isto nos revela a perseguição que é movida às filhas de ÒSUN por ÈSÙ , pois elas mantém a outra metade do segredo do DYLOGUN .

ÒSUN matém um grande laço de amizade com o Òrìsà ÒSÓNYÍN , pois para o equilíbrio da mistura das ervas para a feitura do AMACÌ , há necessidade das águas de ÒSUN . Deusa das cachoeiras e das águas doces .

Sua saudação: RORA YÈYÉ Ó FÍ DÉ RÍ OMON, quer dizer: Mãe cuidadosa, aquela que usa coroa e olha seus filhos.


QUALIDADES


- YE YE ODO

É a mãe das nascentes . É muito parecida com YEMONJA . Veste branco e azul , come com ÒÒSÀÀLÀ e YEMONJA .


- YGEMUN

É a senhora da fecundidade e do feitiço , é velha e vira bruxa na beira do rio. Veste azul e rosa claro , come com ÒÒSÀÀLÀ e OMOLÚ . Não come bicho femea , exceto a pata .

- AYILA ou YALA

É a avó das ÒSUN , muito poderosa e guerreira . Foi esposa de ÒGÚN . Veste o amarelo ouro e o azul claro , come com ÒGÚN , mora nas matas e tem caminhos com OBALÚWÀIYÉ .


- OGBO

É relacionada ao parto e ao nascimento do feto . É a orígem de ÒSUN . Seu culto é realizado nas nascentes dos rios . Veste o amarelo ouro e azul claro , come com ÒÒSÀÀLÀ e YEMONJA .


- OPARÀ

É jovem e guerreira , companheira de ÒGÚN e SÀNGÓ . Veste rosa claro ou amarelo ouro , tem caminhos muitos fortes com OSOGUIAN . É companheira inseparável de ONÌRA , comem juntas no bambuzal ou no rio , quando juntas são perigosas . Tem fundamento com ÉGÚN .


- ABALU

É velha , bem idosa , tem numerosos filhos e netos é severa e autoritária . Usa o azul claro e é a verdadeira dona do leque . Come com YEMONJA no rio e na lagoa . Suas contas são azul cristal . Come tartaruga , cabrito castrado e pata .


- AJAGUIRA ou AJAGURA

Muito guerreira , relacionada a ÒGÚN , é terrível rival de OYA , muito agressiva e orgulhosa . veste amarelo ouro e rosa claro . Come com ÒGÚN e SÀNGÓ . Come coelha .


- PONDÀ ou YPONDÀ

É guerreira , casada com ÒSÓÒSÌ e mãe de LOGUNEDE , vive no mato com seu marido , é desconfiada , astuta , observadora e intuitiva . Veste amarelo ouro e na barra da saia azul claro . Relacionada ao fogo e aos cemitérios , pois apesar de não ter nenhum vínculo com OYA , tem ligação com o culto a ÉGÚN . A pata é uma de suas grandes ÈÈWÒ (KIZILA) . O seu bicho de fundamento é a tartaruga , que aprecia a carne e os ovos . Come com ÒSÓÒSÍ , YEMONJA e seu filho LOGUN .


- YIABOTO ou BOTO

É a ÒSUN das nascentes dos rios e dos encontros das águas doces e salgadas , muito bonita e vaidosa . Tem fundamento com YEMONJA e SÀNGÓ . É cultuada a beira das lagoas . Veste o amarelo e , geralmente , seus filhos são ABIKÙ . Tem fundamento com NÀNÁ devido a lagoa . Ela é consagrada a rainha da cumeeira .


- OKE ou OLOKO

Vive no interior das matas e é associada as YIAMIN , muito guerreira e caçadora , é casada com ÒSÓÒSÌ . Veste amarelo ouro , usa arco e flecha , traz uma espada e um leque . Come com ÒSÓÒSI e YEWÀ sòmente caça .


- KARÉ

Muito bonita , guerreira , autoritária e agressiva . Veste saia branca com forro amarelo claro . Tem fundamentos com ÒSÓÒSÌ . Acompanha YEMONJA e ÒÒSÀÀLÀ . Come na lagoa e no encontro das águas salgadas . Devido ser muito guerreira , numa luta feriu-se na perna esquerda , é manca da perna esquerda e come bichos femeas .


SUAS FOLHAS


- Oriri, quioco, oxibata, relógio do campo, capueiraba branca, milame, bem-me-quer, brilhantina, amor do campo, baronesa , colonia, bredo sem espinho, alfavaquinha, beldroega, capeba, malva branca, mal-me-que, canela de macaco, parietária, mutamba , oripepe .




Uma vez Oludumare quis castigar aos homens.Então levou as águas da terra para o céu.A terra tornou-se infecunda.Homens e animais sucumbiam pela sede.Ifá foi consultado,foi dito que fizesse um ebó ao céu.Com bolos,ovos,linha preta e linha branca,com agulha e com um galo.
Oxum encarregou-se de levar o ebó ao céu.No caminho Oxum encontrou Exu e ofereceu-lhe os fios e a agulha.Em seguida encontrou Obatalá e entregou-lhe os ovos.
Obatalá ensinou-lhe o caminho da porta do céu.Lá chegando,Oxum encontrou um grupo de crianças e repartiu entre elas os bolos que levava.
Olodumare viu tudo aquilo e se comoveu,e devolveu à terra a água retida no céu e tudo voltou prosperar.

Yewa



É uma Santa guerreira e dona da visão. É um Òrìsá um pouco raro no Brasil. Ela gosta que suas filhas sejam novas e virgens. Quando suas filhas casam ou perdem a virgindade, elas passam a ser ADÓSÙU de ÒSUN. Mais tarde, se elas se abstiberem de sexo ou ficarem viúvas, YEWÀ passa a rege-las, inclusive, a possuir suas cabeças. Ela, como NÀNÁ, não gostam de escolher homens para seus eleitos, podendo os mesmos serem seus OGÁN ( ALABES, ASOGUNS e outras funções que não seja incorporar a Deusa ) .É muito amiga dos pássaros, sendo os mesmos um de seus grandes fundamentos, porque ela é mãe dos pássaros. Todas as partes brancas lhe pertence, o branco do arco-iris, os raios brancos do sol, a neve e o leite das folhas. Também é um Òrìsá das florestas e comanda os astros como o sol, a lua e as estrelas.

YEWÀ quer dizer: - A serpente azul ou a senhora da visão

Usa o vermelho cristal e o amarelo gema, três contas vermelhas e duas amarelo gema.


QUALIDADES


-GEBEUYIN

A primeira a surgir no mundo. Faz os banhos de ervas darem positivamente e traz abundância nos alimentos. Veste vermelho maravilha e o amarelo claro. Come com OMOLÚ, OYA e ÒSUN. Nas tempestades essa YEWÀ tem o poder de transformar-se numa serpente azulada. Isto porque ao ser enganado por YEWÀ, sôbre onde encontrava-se ÒRÚNMÌLÀ, IKÙ ( a morte ) encantou uma serpente, para que quando ela visse ÒRÚNMÌLÀ, emitisse um som que onde estivesse IKÙ ouviria e comeria ÒRÚNMÌLÀ. YEWÀ sabedora do que IKÙ havia feito, matou a cobra e comeu, passando , assim, a emitir o mesmo som. Procurando mais uma vez enganar IKÙ, pois se ÒRÚNMÌLÀ estava presente, YEWÀ corria para putro lado e emitia o som da serpente, chamando IKÙ para outra parte.


- GYRAN

Ela é a deusa dos raios do sol. Controla os raios solares para que êles não destruam a terra. Ela é a formação de um arco-iris duplo que aparece em torno do sol. É ela quem ordena ao sol que ilumine a lua. Metade deste Òrìsá é YEWÀ e a outra é BESSEN. Possui fundamento com a pedra ametista. Seu OTÀ é esverdeado. A platina, o rubi, o ouro e o bronze vão em seu assentamento. Come com OMOLÚ, ÒSUN e ÒSÓÒSÌ.


- OMAJÈ

É a senhora do lagarto, comanda as mudanças de cores do lagarto. Caminha com ÒSUN KARÉ e uma qualidade de ÒÒSÀÀLÀ, que também é dono do lagarto. Sua pedra é a água marinha. Em seu assentamento leva rubi, ouro e opala. Vive na terra, pois perdeu o poder se subir ao ORUN ( CÉU ) ao tentar picar OSÀLÚFÓN. Ela encontra-se no arco-iris que se forma nas pedras molhadas das cachoeiras. Come com ÒSUN e OMOLÚ INTOTO.


- EREWÀ

Ela é vista no arco-iris que se forma em volta da lua. Foi ela quem encarou ÒGÚN e entrou em luta corporal. ÒGÚN ao derruba-la ao chão, o capacete caiu-lhe da cabeça e ela apavorada correu para escapar, pois êle havia visto o que ela jamais havia mostrado a ninguém, o seu rosto de cobra. Correndo de ÒGÚN que queria sua cabeça como premio, encontrou-se com BESSEM, que a levou para o interior do YILÉ YIBO YILU, a mata da morte, fugindo assim de ÒGÚN. Usa o bronze, o onix e a esmeralda. Em seu assentamento são colocados quatro cristais. Come com OMOLÚ INTOTO e BESSEN.


SUAS FOLHAS


-Todas as de OSÙMÀRÈ e OBALÚWÀIYÉ, cana do brejo, ojuoro e a principal que é a da melancia.


LENDA


YEWÀ estava a banhar-se e a lavar roupas no rio quando ÒRÚNMÌLÀ apareceu fugindo de IKÙ ( amorte ) , relatando o que estava acontecendo e a pedir que o escondesse , pois estava muito novo para morrer. Ela atendeu escondendo-o sob um monte de roupas que estavem em baixo de sua saia. IKÙ surgiu e perguntou-lhe : Mulher, viste alguém passar por aqui ? - YEWÀ perguntou-lhe : Por que mulher ? - IKÙ respondeu-lhe : Sabes quem sou eu ? - YEWÀ ecrando a morte sem teme-la disse : Sei, és IKÙ a morte. E tu, sabes quem eu sou ? - Sim, respondeu IKÙ, és YEWÀ a mulher de OBALÚWÀIYÉ e estimo-lhe meus respeitos. Com ar soberano ela disse-lhe : Vi sim, alguém passou correndo para aquele lado, indicando a IKÙ o caminho errado, salvando assim a vida daquêle jovem . ÒRÚNMÌLÀ agradecido deu a YEWÀ o dom da vidência. Neste exato momento YEWÀ teve um pensamento e ÒRÚNMÌLÀ falou-lhe : YEWÀ tu serás mãe. Era justamente o que ela estava pensando. Este era o melhor presente dado a esta grande guerreira.

Oba



Oba é possuída por Ogum;



Oba escolheu a guerra como prazer nesta vida.Enfrentava qualquer situação e assim procedeu com quase todos os orixás.
Um dia,Oba desafiou para uma luta Ogum,o valente guerreiro.O ardiloso Ogum,sabendo dos feitos de Oba,consultou os babalaôs.Eles aconselharam Ogum a fazer oferendas de espigas de milhos e quiabos,tudo pilado,formado uma massa viscosas e escorregadia.
Ogum preparou tudo como foi recomendado e depositou o ebó num canto do lugar onde lutariam.Chegada a hora,Oba,em tom desafiador,começou a dominar a luta.Ogum levou-a ao local onde estava a oferenda,Oba pisou no ebó,escorregou e caiu
Ogum aproveitou-se da queda de Oba,num lance rápido tirou-lhe os panos e a possuiu ali mesmo,tornando-se.assim,seu primeiro homem.
Mais tarde Xangô roubou Oba de Ogum.

É muito temperamental e violenta , não recusa uma batalha. Divindade das pedras das encostas. Divide seus fundamentos com OYA , ÒSÓÒSÌ , SÀNGÓ e YEMONJA . Veste o marrom rajado de branco , ou fundo branco com marrom , mas ela é mais bonita no amarelo e vermelho , com contas iguais , uma amarela e outra vermelha ou amarelo leitoso e de laranja . Traz uma espada e um escudo de cobre , às vezes , um arco e flecha nas mãos .


QUALIDADES


- OBÁ SYIO;

- OBÁ LODÉ;

- OBÁ LOKE;

- OBÁ TERÀ;

- OBÁ LOMYIN .


ORIKI

OBÁ, OBÁ, OBÁ. Ojòwú òrìsà, eketà aya SÀNGÓ. O tori owú, o kotà sí gbogbo ara. Olókìkì oko. A rìn lógànjó pèlú àwon ayé. OBÁ anísùru, ají jewure. OBÁ kò óko dé kòso, o duró, OBÁ ÒSUN rojó obe. OBÁ fiyì fún apà oko rè. Oní ó wun òun ju gbogbo ará yókù lo. OBÁ tó mo ohùn tó dára.

TRADUÇÃO:

ÓBA, ÓBA, ÓBA. Orixá ciumento, terceira esposa de XANGO. Ela, que por ciúme, fez incisões em todo corpo. Que fala muito de seu marido, que anda nas madrugadas com as ayé. ÓBA paciente, que come cabrito logo pela manhã. ÓBA não foi com o maridoa Koso, ficou para discutir com OXUN sobre comida. ÓBA valoriza os braços do marido, diz que é a parte de seu corpo que ela prefere. ÓBA sabe o que é bom.


SUAS FOLHAS


- Assa-peixe e as de OYA, ÒSÓÒSÌ e SÀNGÓ.

Oya


Iansã inventa o rito funerário do axexê;


Vivia em terras de Ketu um caçador chamado Odulecê,que era líder de todos os caçadores.Ele tomou por sua filha uma menina nascida em Irá,que por seus modos espertos e ligeiros era conhecida por Oyá.
Oyá tornou-se logo a predileta do velho caçador,conquistando um lugar de destaque naquele povo.
Mas um dia a morte levou Odulecê,deixando Oyá muito triste.A jovem pensou numa forma de homenagear o seu pai adotivo.
Reuniu todos os instrumentos de caça de Odulecê e enrolou-os num pano.Também preparou todas as iguarias que ele tanto gostava de saborear.Dançou e cantou por sete dias,espalhando por toda parte,com seu vento,o seu canto,fazendo com que se reunisse no local todos os caçadores da terra.
Na sétima noite,acompanhada dos caçadores,Oyá embrenhou-se mata adentro e depositou ao pé de uma arvore sagrada os pertences de Odulecê.
Olorum,que tudo via,emocionou-se com o gestos de Oyá e deu-lhe o poder de ser a guia dos mortos no caminho de Orum.Transformou Odulecê em orixás e Oyá em mãe dos espaços dos espíritos.
Desde então todo aquele que morre tem seu espírito levado ao Orum por Oyá.Antes,porem,deve ser homenageado por seus queridos,numa festa com comidas,cantos e danças.Nasceu assim o funerário ritual do Axexê.


Princesa real da cidade de Irá, em Nupe. Viveu por volta de 1.450 antes de cristo.

OYA é a dona dos raios, dos ventos e dos mortos, controla o YGBALÈ ( casa dos mortos ). Esposa de seu primo, SÀNGÓ, foi a maior guerreira que existiu na África, sua fúria era incontrolável, não temendo nem a morte. ligada as florestas que ela domina com seu ORUKERÉ, que lhe foi presenteado por ÒSÓÒSÌ. É associada aos ancestrais masculinos que ela dirige e maneja. Esta relacionada ao vermelho e é representada pelo relâmpago.

OYA teve nove filhos, uns dizem que foi com ÒGÚN, outros que foi com SÀNGÓ , oito nasceram mudos e o último nasceu um ÉGÚN e graças aos sacrifícios recomendados por IFÀ, nasceu com o poder de falar com voz estranha e sobrenatural, chamada SEGI , que imita a voz do macaco africano chamado IJIMARÈ, macaco que é consagrado aos ÉRÉS.

- 1 - IMALEGÃ - Nasceu no primeiro dia do EBOYKÙ, arrancado do ventre de OYA pelas ÌYÁMI, e foi envolvido em abanos;

- 2 - IORUGÃ - Foi envolvido na palha seca e alimentado com talos de bananeira. Nasceu com avaidade de OYA e é o preferido;

- 3 - AKUGÃ - Nasceu no terceiro dia da tempestade e foi criado nas touceiras de bambu. É rebelde. Não se deve tocar o chão do bambuzal;

- 4 - URUGÃ - Alimenta-se das folhas da bananeira e esconde-se nas florestas. Faz buracos;

- 5 -OMORUGÃ - Alimenta-se do pó do bambu que está caído no chão. Vive no milharal e fica escondido nos bambuzais observando os seres humanos;

- 6 - DEMÓ - OYA cobriu-o de lama para saber os segredos de seus inimigos. Usa pele de búfalo para acompanhar ÒSÓÒSÌ;

- 7 - REIGÁ - Acompanha os mortos e ronda os cemitérios. Esconde-se nas grandes árvores dos cemitérios e ronda as sepulturas a procura de objetos perdidos ou esquecidos pelas pessoas;

- 8 - HEIGÁ - É violento e vive perseguindo o ORI do ser humano. Propicia desastres e desordens;

- 9 - EGUN EGUN - Filho de SÀNGÓ. OYA preparou-o para combater. Êle se apossa do ser humano, fazendo-o cometer desatinos.


Carrega um par de chifres que deu a seus filhos, dizendo-lhes que se precisassem dela batesse um no outro que ela viria de onde estivesse para acudi-los, também um instrumento de madeira com o rabo do búfalo que serve para afastar os ÉGÚNS , é o ORUKERÉ.

Recebeu de SÀNGÓ o título de YÀSÁN , que quer dizer , "a senhora das tardes ", pois chegava sempre as tardes , linda e esvoasante com sua roupa de fogo.




SUAS QUALIDADES


- OYA YGBALÈ

É a deusa dos mortos. É ligada diretamente ao culto de ÉGÚN, por isto é a senhora dos cemitérios. Tem pleno domínio sôbre os mortos, trazendo consigo uma falange de ÉGÚNS que ela controla e administra , pois todos temem o seu terrível poder.

O culto a ÉGÚN nasceu nas mãos de YBBALÈ, quando ela fora buscar uma substância que permitia a SÀNGÓ soltar fogo pelas narinas. OYA ficou sabendo que o povo TAPÀ iria invadir a cidade dos BARIBAS , então forrou na beira do rio um pedaço de PAMP vermelho, colocando em cima algumas cabaças, envocou os mortos e aquêle pano tomou vida e saiu voando na direção dos inimigos, colocando-os para correr apavorados com aquela visão grotesca e horrorosa , livrando, assim, o povo de BARIBAS e nascendo o culto de ÉGÚN. Devido a sua relação com ÉGÚN é proibido vesti-la de vermelho. Sua vestimenta é branca.


- FURÉ

Usa uma foice na mão esquerda e um ARUEXYN na direita, veste branco e por cima de suas vestes a palha da costa. Dança como se estivesse carregando na cabeça uma enorme cabaça. Em suas vestes vão pequenas cabaças dependuradas, no tornozelo direito uma pulseira de aço, tem ligação direta com o culto a morte e aos ÉGÚNS, preside a vida e a morte.

- ODO

Ligada as águas , apaixonada carnal e muito louca por amor.


- IAMESAN

É a que foi esposa de ÒSÓÒSÌ, meio animal e meio mulher, só come caça, é a mãe dos nove filhos. Come comÒSÓÒSÌ nas matas.


ONIRA

É uma ninfa das águas doces e seu culto aqui no Brasil é confundido com o culto de OYA, por ser uma grande guerreira, também é saudada como YNHÀSAN , pois existe uma afinidade entre as duas divindades, mas seus cultos não chegaram a fundirem-se. Seu culto na África era totalmente diferente. Tem ligação com o culto a ÉGÚN, por sua ligação e laços de amizade com OYA. Também tem laços de amizade com ÒSUN , pois foi ONIRA quem ensinou ÒSUN OPARÀ a guerrear. É uma Òrìsà muito perigosa por sua ligação e caminhos com OSOGUIÁN, ÒGÚN e OBALÚWÀIYÉ. Veste o coral e amarelo, contas iguais.


- YÀTOPÈ

Tem ligação forte com SÀNGÓ. Veste o branco.


- AFEFE YKU FUNAN

A senhora do fogo e dos ventos da morte. Caminha com ÒGÚN e OBALÚÀIYÉ , tem caminhos , também , com ÉGÚN e YKU ( morte ) . Veste o branco e pode-se por um azul claro.


- AFAKAREBÒ

Não é feita em seus eleitos , é a verdadeira dona do EBÓ, é a ela que se entrega todos os EBÓS. Seus caminhos levam diretamente a ÈSÙ e ÉGÚN. Seus rituais são todos feitos no murim , cabaças e porrões.


- AFEFE

É ela quem comanda os ventos. Tem caminhos com OBALÚWÀIYÉ e ÉGÚN .Veste vermelho e branco , também usa o coral , o chorão de seu ADÉ é alaranjado .


- BAGAN

Não tem cabeça. Come com ÈSÙ , ÒGÚN e ÒSÓÒSÌ . Tem caminhos com ÉGÚN.


- PETU

Ligada aos ventos e as árvores. Esposa de SÀNGÓ , que vai sempre na frente anunciando sua chegada.


- OGUNNITA

Ligada ao culto de ÉGÚN , seu fundamento mais forte. É a senhora que caminha com os mortos .


SUAS FOLHAS


- Malva rosa, Santa Bárbara, lacre, pitanga, guiné, nega-mina, para-raio.

Ibeji

Yamonja


Iemanjá vinga seu filho e destrói a primeira humanidade;


Iemanjá era uma rainha poderosa e sábia.Tinha sete filhos e o primogênito era o seu predileto.Era um negro bonito e com o dom da palavra,e as mulheres caiam a seus pés.Os homens e os deuses o invejavam.
Tanto fizeram e tanta calunia levantaram contra o filho de Iemanjá que provocaram a desconfiança de seu próprio pai,o rei,e pediram o rei que condenasse à morte.
Iemanjá Sabá explodiu de ira e tentou de todas as formas aliviar seu filho de sua sentença,mas os homens não ouviram suas súplicas.E essa primeira humanidade o preço da sua vingança.
Iemanjá disse que os homens só habitariam a Terra enquanto ela quisesse.Como eles a fizeram perder o filho amado,sua águas salgadas invadiram a terra.E da água doce a humanidade não mais provariam.Assim fez Iemanjá,e a primeira humanidade foi destruída


É uma belìssima ninfa negra de grandes e belos seios desnudos e volumosos , aparece sempre com uma longa vestimenta da cintura para baixo, nas cores azul e vermelha , com um adorno em forma de coroa , chamado AKORO , mas conhecida como ADÉ , na cor prateada, tendo nos braços braceletes de prata e IDÈS , em suas mãos um leque de prata em forma de peixe , chamado ABEBÈ e uma espada chamada de KUPANGA OMYI BENBE ou LIDÀ , demonstrando assim as riquesas encontradas nas águas profundas do leito do rio . Divindade das águas salgadas.


QUALIDADES


- YIEMUO

É a primeira , a mais velha e esposa de SÀNGÓ . Veste o branco cristal.


- YIAMACÈ ou YIAMACI-MALÉ

É asegunda , mãe de SÀNGÓ e OSÙMÀRÈ . Esposa de ORANNIAN e muito festejada durante as festas consagradas a seu filho SÀNGÓ . Suas contas são brancas leitosas , rajadas de vermelho e azul.


- YINAÉ ou MALELÉ

É a terceira , aquela que os filhos sempre serão peixes , também conhecida como MARIBÓ , mora nas águas mais profundas , é a sereia , ligada a reprodução dos peixes , vem sempre a beira do mar apanhar suas oferendas . Ligada a ÒÒSÀÀLÀ e ÈSÙ.


- ÒGÚNTÈ

É a quarta , esposa de ÒGÚN ALAKIBEBÈ , mãe de ÒGÚN AKORÓ . ÒGÚNTÈ quer dizer aquela que contém ÒGÚN . Vive perto das praias , no encontro das águas com as pedras . Traz na cintura um facão e todas as ferramentas que ÒGÚN usa , penduradas em suas vestes . Sua maior KIZILA é a pata.

Come carneiro e todos os bichos machos , castrados na hora do sacrifício. Come com seu filho ÒGÚN nos campos e caminhos . Veste azul marinho e branco cristal ou verde e branco .


- OLOSSÀ

É a quinta. Come com ÒSUN e NÀNÁ . Veste verde claro e suas contas são branco cristal . Come carneiro castrado na hora do sacrifício .


- ASAABA ou SOBÀ

- É a sesta . É velha , manca da perna esquerda , devido a uma luta com ÈSÙ , muito rabujenta e traiçeira , fala de costas , fia as roupas de ÒÒSÀÀLÀ e comanda as camadas profundas do mar . Foi casada com ÒRÚNMÌLÀ IFÀ e usa uma corrente de prata no tornozelo , come a pata e tem pavor de carneiro , come junto com OMOLÚ , ÒSUN KARÉ e ÒÒSÀÀLÀ .


- YIASESSU ou SESSU

É a sétima. É a mensageira de OLÓÒKUN , o deus do mar . Vive nas águas sujas do mar e é muito esquecida e lenta . Come com OBALÚWÀIYÉ e ÒGÚN , veste verde água e suas contas branco cristal . Come pata e carneiro castrado na hora do sacrifício.


- AKURÀ

É a oitava . Vive nas espumas do mar , aparece vestida com lodo do mar e coberta de algas marinhas . Muito rica e pouco vaidosa . Adora carneiro , come com NÀNÁ , veste o verde água e contas iguais.


- AYIO

É a nona. muito velha e veste sete anáguas para proteger-se . Vive no mar e descansa na lagoa . Come com ÒSUN e NÀNÁ .


SUAS FOLHAS


- Erva prata, macassá, capueirada branca e azul, umbaúba, oxibata, altéia, arassá da praia, salsa da praia, colonia, condessa, graviola, erva Santa Luzia, mãe boa, lágrima de Nossa Senhora, pata de vaca e a principal que é

Sango


Xangô é proibido de participar do culto dos eguns;


Uma vez os sacerdotes do cultos aos mortos convidaram Xangô a entrar no quarto de balé,onde estão fixados os espíritos dos ancestrais,e participar de todos os seus rituais.
Xangô viu e inspecionou tudo o que havia lá dentro,tudo que era feito no secretissimo no espaço dos eguns.Observou como os ritos eram celebrados e prestou atenção em tudo o que os ojés diziam.
Todos lhe recomendaram guardar total segredo sobre tudo que ali testemunhou.Mas Xangô,assim que saiu daquele lugar,contou tudo o que viu para todo mundo.
Os ojés expulsaram para sempre da sociedade deles e o proibiram permanentemente de voltar a pisar no quarto de balé,onde se celebra o espírito dos antepassados ilustres,onde se cultuam os eguns.
Lá dentro o poderio de Xangô não significa nada.

Deus do trovão, irmão mais novo de SÀNGÓ AJAKÀ, foi o quarto ALAFIN de OYÒ. Viveu em 1450 antes de cristo com o nome de OLUFIRAN. Era filho de ORANMYAN e TOROSI , YIÁ GBODO ( rainha de Nupe ). Foi o maior conquistador e possuia o poder de provocar raios e relâmpagos. Foi marido de sua prima OYA ( princesa de Irá-Nupe ). Enforcou-se na colina de KOSSO em OYÒ, onde hoje existe o palácio real do ALÁÀÀFÍN. Foi deificado após sua morte. Rreinou por 14 anos. Foi o mais poderoso e mais forte de todos os ALÁÀÀFÍNS.

Para os africanos êle reune em sua figura mística três importantes divindades, que são:

- JACUTA

É aquêle que atira as pedras, é a encarnação dos raios e trovões. É a própria ira de OLÓÒRUN, o Deus criador.

- ORANFÉ

É o justiceiro, reto e impiedoso, que mora na cidade de IFÈ.

- TAPÀ

É muito conhecido por seu temperamento imperioso e viril. Não perdoa os erros de seus filhos.


SÀNGÓ usa um machado de duas lâminas, chamado OSÉ, dado por ÒGÚN e na mão o SÈRE, que é feito de uma cabaça alongada com pequenos grãos de areia dentro, que ao ser agitada produz um ruído semelhante ao da chuva. Os EDUN ARÀ ( pedras de raio ) são colocados numa gamela redonda, em cima do ODÒ, pilão de duas bocas, em seus altares sagrados, Usa também uma bolça de couro, ornada com búzios, que usa a tiracolo, guardando ali suas pedras de fogo, num total de 12, representando seus 12 ministros, que lança na terra durante as batalhas, durante as tempestades e contra seus inimigos nas batalhas. Usa ainda uma coroa ornada em búzios.

O ÉGÚN de SÀNGÓ chama-se alàpalà.

SÀNGO como todos os reis e chefes de estado, traz consigo os seus conselheiros, os homens que o ajudam a governar e que recebem uma designa"~ao de do lado direito, OTUN OBÀ, e do lado esquerdo, OCI OBÀ.

Os OBÀS da direita não seguram o SERE, porém têm direito a voz e voto, os da esquerda seguram SERE e só têm direito a voto.

Os seis OBÀS da direita são :

- OBÀ ABI ODUN

- OBÀ YIRÈ

- OBÀ AROLU

- OBÀ TELÀ

- OBÀ OTOPI

- OBÀ KANKUNFÒ


Os seis OBÀS da esquerda são :

- OBÀ ONOXOKUN

- OBÀ ARESSA

- OBÀ ELERIN

- OBÀ ONIKOIN

- OBÀ OLUBON

- OBÀ XORUN


Após o desaparecimento de SÀNGÓ, seus sacerdotes reuniram-se com a finalidade de perpertuarem a memória de seu rei e, num culto secreto e religioso, criaram o culto dos OBÀS de SÀNGÓ.

Seu assentamento é feito na gamela redonda.

Seus bichos são o carneiro ( não se deve oferecer ), ajapà ( cágado ), d"angola e pombo.

Divindade da justiça, das pedreiras e do trovão.

Sua saudação: KÁ WÒÓ, KÁ BIYÈ SÍ, quer dizer: Podemos

olhar vossa real majestade.

QUALIDADES


- AGONJÚ

Quer dizer terra firme. Tem perna de pau e é casado com YEMONJA. É o filho mais novo de ORANNIAN e o preferido, herdou sua fortuna. É o mais cruel é aquêle que leva o coração do inimigo na lança. É o SÀNGÓ amaldiçoado que matou e comeu a própria mãe.

Na verdade foi o 6º Alafin de Oyo que viveu em 1.240 A.C., aproximadamente. Era sobrinho neto de SHANGO.


- BARU

Pega tempo e come com ÈSÙ. Dependendo da época este Òrìsá ora é BARU ora é ÌRÓKÒ. Tem caminhos com OYA YÀTOPÈ . Não come quiabo nem amalá, come amendoim cozido e padê. Na África êle é chamado de maluco, pois durante seu reinado fez muita besteira, motivo pelo qual os africanos não o raspam nem assentam. Não fazia prisioneiros, matava todos.

Veste-se de marrom e branco e suas contas são iguais a roupa. Toca-se para ÈSÙ e SÀNGÓ.

BARU era muito destemido, mas quando comia quiabo, que êle gostava muito, dormia o tempo todo e por isto perdeu muitas contendas, pois, quando acordava seus adversários já tinham voltado da guerra. Êle ficava indignado. Então resolveu consultar um OLUÓ que lhe disse : Se é assim, deixe de comer quiabo - BARU perguntou : me diz o que comerei no lugar do quiabo... Só folhas... Só folhas ? perguntou BARU - Sim, respondeu o OLUÓ, tem duas qualidades , uma se chama oió e a outra xaná, são boas e gostosas como o quiabo. E BARU falou : - A partir de hoje, eu não comerei mais quiabo.


- BADÈ

É o mais jovem VODUM da família do raio ( cujo chefe é KEVIOSSO ), corresponde ao SÀNGÓ jovem dos NAGO. É irmão de LOKO. Usa roupa azul com faixa atada atras. Não fuma, não bebe nem fala. Um de seus animais prediletos é o chicharro.


- OBAKOSSO

Perdeu os poderes mágicos de transportar-se da terra para o céu, enforcando-se num pé de OBI. Tem fundamentos com ÈSÙ, ÉGÚN e OYA, devido a sua morte.


- AGODO

Muito ruim, brutal, inclinado a dar ordens e ser obedecido, foi êle quem raptou OBÁ. Come com YEMONJA


- AFONJÀ

É o dono do talismã mágico dado por OYA a mando de OBÀTÁLÁ. É aquêle que fulmina seus inimigos com o raio. Come com YEMONJA, sua mãe.


- ALAFIN

É o dono do palácio real, o governante de OYO. Vem numa parte de ÒÒSÀÀLÀ e caminha com OSOGUIAN.


- OBÀ OLUBÈ

É muito orgulhoso, intratável e muito bruto. Come com OYA.


- OLO ROQUE

Seria o pai de ÒSUN OPARÀ. Tem fundamento com ÒSÓÒSÌ. Veste vermelho e branco ou marrom e branco.


- ALUFAN

É idêntico a um AYRÀ. Confundem êle com OSÀLÚFÓN. Veste branco e suas ferramentas são prateadas.


SUAS FOLHAS


- Bico de papagaio, chocalho de xango, erva de São João, inhame acará, malva cheirosa, panaceia, para-raio, quiabeiro, tamarindeira, urucum, xiquexique.


LENDA


SÀNGÓ recebeu das mãos de OLODUMARÈ, o Deus supremo, um pilão de prata que representa a união da terra, ÀIYÉ, com o céu, ÒRUN, o plano paralelo a terra onde moram os Òrìsás. Nesta ocasião SÀNGÓ foi elevado a categoria de OBÁ OYO, rei de OYO, passando a ser o quarto ALÁÀÁFÍN de OYO, sendo o únuco ser vivo a ter o privilégio de ir e vir da terra para o céu para comunicar-se diretamente com ÒRÚNMÌLÀ, recebendo desse Òrìsá ordens e instruções para este melhor orientar-se em suas decisões na terra. Após contar a ÒRÚNMÌLÀ tudo o que se passava naterra êle retornava feliz , pois sabia que era de plena confiança desse Òrìsá. Como ser carnal êle foi possuído pela ambição, cometendo um pecado imperdoável aos olhos de OLÓÒRUN que, por ser muito justo, jamais aceitou uma traição. SÀNGÓ tentou apossar-se, definitivamente, do governo e dos poderes da terra e de todos os poderes que existiam no espaço. OLODUMARÈ sabendo de tudo que se passava castigou-o, tomando-lhe o pilão que lhe dava o poder de transitar, vivo, para o céu e o poder de governar os homens da terra. SÀNGÓ desgostoso e muito arrempendido dos atos que praticara entrou em completo desespero, de joelhos, rogou perdão a todos os seres maiores, que lhe viraram as costas. Triste e magoado subiu num monte existente em OYO e enforcou-se num pé de OBI , a noz de cola , o pão de ÒÒSÀÀLÀ .

Porém SÀNGÓ não morreu, desapareceu, ficando o seu espírito entre os dois mundos paralelos a terra. OLÓÒRUN começou a sentir a falta de seu servo, mesmo sabendo de sua traição, pois SÀNGÓ foi apedrejado por todos, pois nessa época era a mais terrível das faltas. OLÓÒRUN pensou, pensou muito e tomou uma decisão, foi até OLODUMARÈ e rogou-lhe perdão em nome de SÀNGÓ, pedindo-lhe trouxesse-lhe seu tão amado servo . OLODUMARÈ então concedeu o perdão a SÀNGÓ, mas com uma condição, que não mais viesse como homem, mas sim como Òrìsá e que todas as pedras que lhe foram atiradas servissem para êle castigar os mentirosoa, os ladrões e que fulminasse os traidores. E assim foi feito. SÀNGÓ retornou a terra como Òrìsà e não mais como ARAYILE ( ser humano ) , representando assim, a ira do próprio OLÓÒRUN contra os homens que se comportam mal na terra, passando a ostentar então um pilão de duas bocas, a parte de baixo representando a terra e a de cima o céu, continuando, assim, a exercer o seu governo em forma de Òrìsá . É proibido o uso de OBI em seus assentamentos, pois lembra a sua passagem de vida e de morte na terra , tornando-se o OBI uma se suas grandes KIZILA.

Osolufan



Oxalá cria a galinha-d´angola e espanta a Morte;

Há muito tempo,a morte instalou-se numa cidade e dali não quis mais ir embora.A mortandade que ela provocava era sem tamanho e todas as pessoas do lugar estavam apavoradas.A cada instante tombava mais um morto.
Para a morte não fazia diferença alguma se o defunto fosse homem ou mulher,se velho,adulto ou criança.
A população,desesperada e impotente,recorreu a Oxalá,rogando-lhe que ajudasse o povo daquela infeliz cidade.Oxalá,então,mandou que fizesse oferendas,que ofertassem uma galinha preta e o pó de giz efum.
Com o efum pintaram as pontas das penas da galinha preta e em seguida a soltaram no mercado.Quando a Morte viu aquele estranho bicho,assustou-se imediatamente foi-se embora,deixando em paz o povo daquela cidade.
Foi assim que Oxalá fez surgir a galinha-d´angola....



Êle é muito velho, idade avançada , aleijado, lento, move-se com muita dificuldade, associa-se a idéia de repouso, de imobilidade, dança curvado apoiado no ÒPÁ SÓRÒ, treme de frio e de velhice . Detesta a violência, disputas e brigas, evita tudo que é excitante, come sem sal e sem dendê, odeia cores fortes e particularmente o vermelho . A êle pertencem os metais e substâncias brancas como a prata; no reino vegetal o algodão; no animal o caracol, d"angola, martim-pescador e o preá . Tem ódio ao cavalo , pois foi por causa deste animal que ficou preso por sete anos e muito sofreu .




QUALIDADES


- BABA NILÀ

- BABA OJOBÈ

- BABA OTUN DUNDUN - Usa uma tira preta sob as vestes . Não se raspa .

-BABA OLÓÒKUN - É o responsável pelo fundo do mar . Pai de YEMONJA .

- BABA ORY

- YJALADÉ .


O ÒPÁ SÓRÒ , na África , é o bastão cerimonial feito de um galho fino da árvore AKÓKO . No Brasil é feito de metal prateado .


LENDA


OSÀLÚFÓN saudoso de seu filho SÀNGÓ resolveu visita-lo , porém , antes consultou um BÀBÁLÁWO para saber se correria tudo bem nessa viagem . O BÀBÁLÁWO disse-lhe que não fosse , pois haveria contra tempos ; OSÀLÚFÓN , mesmo assim , quis aventurar-se . O BÀBÁLÁWO disse-lhe que a viagem seria muito perigosa , se realmente quisesse ir , deveria seguir tudo o que êle dissese . OSÀLÚFÓN aceitou e êle disse que levasse três peças de roupas brancas e sabão e aceitasse tudo que lhe acontecesse sem reclamar . OSÀLÚFÓN fez todas as oferendas que lhe foram confiadas e partiu , como era muito velho ia lentamente , apoiado em seu cajado . Encontrou logo em seu caminho ÈSÙ ÈLEPÒ PUPA , dono do azeite de dendê , sentado a beira da estrada com um barril de azeite de dendê ao lado , após uma troca de saudações , ÈSÙ pediu a êle que o ajudasse a colocar o barril sôbre a sua cabeça , êle concordou e ÈSÙ aproveitou para , durante a operação , derramar , maliciosamente , o conteúdo do barril sôbre OSÀLÚFÓN , pondo-se a zombar dêle . Este não reclamou , seguindo as recomendações do BÀBÁLÁWO , lavando-se no rio próximo , pôs uma roupa nova e deixou a velha como oferenda , continuando a andar com esforço e foi vítima , ainda por duas vezes , de tristes aventuras com ÈSÙ ELEEDU , dono do carvão , e ÈSÙ ALAADY , dono do óleo de palma , OSÀLÚFÓN sem perder a paciência lavou-se e trocou de roupa , após cada uma das esperiências , enfim chegou aos arredores de OYO e foi surpreendido pelo tropel de um cavalo que havia fujido , tentando agarra-lo . Os guardas vendo aquêle velho agarrado ao cavalo , confundiram-no com um ladrão , nessa época o roubo de cavalo era um crime inafiançável , pegaram-no e como era costume na época , quebraram-lhe as pernas , porque era assim que faziam com os ladrões . Preso e impossibilitado de comunicar-se com seu filho SÀNGÓ , pelos maus tratos , acabou por ficar aleijado .

Logo as coisas começaram a decair em OYO , as colheitas secaram , as mulheres ficaram estéreis , as colheitas não mais produziam , os animais começaram a morrer , as calamidades e doenças invadiram o reino de OYÓ . SÀNGÓ muito preocupado procurou um OLUWO , adivinho , este disse-lhe que tudo estava acontecendo por causa de um velho que encontrava-se preso em suas masmorras , em seu castelo , SÀNGÓ então dirigiu-se imediatamente para as masmorras , pois queria saber quem era esse velho que tantos danos a seu reino causara . Chegando ao calabouço , ordenou que abrissem a cela , para sua surpresa , em uma delas , encontrava-se seu pai , soltando-o imediatamente e suplicando desculpas , sendo perdoado . Então , como por encanto , tudo começou a prosperar em OYÓ . SÀNGÓ vestiu seu pai ricamente e banhou-o com as águas mais limpas das fontes , sercando-o com belas mucambas , OSÀLÚFÓN sentiu-se no paraíso , fartas colheitas e suntuosos banquetes foram-lhe sevidos , só tinha um porém , êle estava aleijado e não podia caminhar ; seu filho então presenteou-o com uma rica bengala de prata , ornada com pedras preciosas e pérolas , o ÀPÁ SÓRÒ .

Quando OSÀLÚFÓN teve que seguir para ILÉ YFÈ , cidade sagrada do povo YORÙBÁ , devido ao seu estado alquebrado , SÀNGÓ pediu a AYRÀ que o carregasse nas costas , AYRÀ era um Òrìsá no fundamento de SÀNGÓ , era um de seus servos de confiança . SÀNGÓ naquêle momento estava reconstruindo OYÓ , não podia ausentar-se da cidade e nem de seu povo , para redimir-se com OSÀLÚFÓN , pediu a AYRÀ que o levasse , pois sentia-se indignado com o que havia acontecido com seu pai , mesmo sabendo que não havia sido de propósito .

AYRÀ ia ser o preferido de OSÀLÚFÓN no período de reconhecimento , entretanto , AYRÀ percebeu que OSÀLÚFÓN era um Òrìsá muito especial , um ser de grande sabedoria e sabendo que era de confiança de SÀNGÓ , aproveitou o momento para saber os segredos de OSÀLÚFÓN , então usou de má fé e tentou convencer a este que SÀNGÓ era o culpado pelos sete anos que passou na prisão em OYÓ . OSÀLÚFÓN , porém , estava ciente de que tudo que passou , pois OLODUMARÈ e o BÀBÁLÁWO o havia prevenido . AYRÀ então passou a ter uma grande rivalidade com SÀNGÓ , por este motivo não se deve coloca-los juntos na mesma casa , para SÀNGÓ pôe-se o pilão e para AYRÀ não , porque irá criar confusão entre OSÀLÚFÓN e SÀNGÓ . Chegando a YFÈ , OSÀLÚFÓN agradecido a AYRÀ deu-lhe o título de seu primeiro ministro , fazendo dêle seu mais fiél amigo , por este motivo AYRÀ come diferente dos SÀNGÓ , sendo suas oferendas levando todos os ingredientes que estavam na mesa de OSÀLÚFÓN ; foi-lhe concedido comer em sua gamela o arroz , a canjica e o mingau de acaçá , sendo-lhe proibido o dendê , o sal e os carosos do quiabo , que quando secos prepara-se certos atins de ÈSÙ .

Osoguiãn


Oxaguian inventa o pilão;


Oxalá,rei de Ejigbô,vivia em guerra.Ele tinha muitos nomes,uns o chamava de Elemoxó,outros de Ajagunã,ou ainda Aquinjolê,filho de Oguiriniã.
Gostava de guerrear e comer,gostava muito de mesa farta.Comia caracóis,canjica,pombos brancos.mas gostava mais de inhame amassado.Jamais se sentava para comer se faltasse inhame.Seus jantares estavam sempre atrasados,pois era muito demorado preparar o inhame.
Elejigbô,o rei de Ejigbô,estava sempre faminto,sempre castigando as cozinheira sempre chegando tarde para fazer a guerra.
Oxalá então consultou os babalaôs,fez suas oferendas a Exu e trouxe para a humanidade uma nova invenção.
O rei de Ejigbô inventou o pilão e com o pilão ficou mais fácil preparar o inhame,e Elejigbô pode se fartar e fazer todas as suas guerras.
Tão famoso ficou o rei seu apetite pelo inhame que todos agora o chamam de “Orixá-Comedor-de-Inhame-Pilado”,o mesmo que Oxaguiã na língua do lugar.



Filho de OSÀLÚFÓN , é jovem , guerreiro e não perde uma oportunidade de lutar contra OMOLÚ ou SÀNGÓ . É o único que tem autorização de enfeitar seus colares brancos com as pedras azuis , chamadas de SEGUY , e suas roupas brancas podem , às vezes , levar uma franja vermelha . Está ligado ao culto de ÌRÓKÒ e dos espíritos , assim como a fertilidade e o culto dos inhames .

É pai de ÒSÓÒSÌ INLÉ , come com ÒGÚN JÀ , ÒSÓÒSÌ INLÉ , AIRÀ , ÈSÙ , OYA e ONÌRA . Tem muito fundamento com OYA , pois é o dono do ATORI, fundamento que lhe foi dado por ela , motivo pelo qual as pessoas de GUIAN devem agradar muito a OYA . Vem pelos caminhos de ONIRA . Tem ligação com ÈSÙ . Seus filhos devem evitar brigas , confusões e mentiras , principalmente , não devem enganar ÒGÚN ou aos seus filhos , pois será castigado sem dó . Não devem comer ôvo frito para não esquentar o Òrìsá , cachaça , sal e dendê . É um Òrìsá muito perigoso .


QUALIDADES


- ORANDIAN

- OXANDIAN

- OXANDIN

- OXANIN

- OXAMIN

Pai Everton D'Oya

O Pai Everton d’Oya,esta na religiao desde do seu nascimento,pois sua mãe carnal teve problemas de saúde à partir dos seis anos de idade,tendo então que cuidar sempre dos orixás e de seus guias.Com mais de 30 anos de umbanda se tornou mãe de santo de umbanda Mãe Carmem de Obaluaye.
Eu Pai Everton d’Oya segui os mesmos passos por problemas de saúde de infância.Foi assim,que então,conheci o Baba Paulinho de Ode(Tacambira),que me iniciou no santo no dia 29/01/1991.Infelizmente veio a falecer no dia 09/08/94.
Depois dele partir,um se tempo passou,e tirei a mão de ikuo com Ya Sonia de Osum.Tomei todas as minhas obrigações,e ao chegar nos meus 7 anos tive uma surpresa,minha mãe Oya pediu casa aberta.Foi então,no dia 08/11/2000,que inaugurei meu axé,o”Ile Alaketu Ase Omo Oya”.No meu asé já passei por varias aprovações e por grandes vitórias,já iniciei vários yãos que meus filhos de santos,alguns filhos de santos já tomaram 7 anos e alguns outros de fora já vieram também.
Hoje em dia ,graças a minha mãe Oya e meu pai Ode,com satisfação me encontro no asé Batistine aos comandos do meu Babalorisa Tata Pérsio de Sango e minha Yalorisa Luizinha de Nana.
Enfim,só tenho que agradecer a deus e meus orisas por tudo que conquistei em minha vida.